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Ordem dos Enfermeiros quer debater situação dos profissionais com as Misericórdias e IPSS

A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), formalizou esta semana um convite no sentido de requerer uma reunião conjunta entre a Ordem dos Enfermeiros, a União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a União Regional das Misericórdias dos Açores.
Esta reunião, segundo a Ordem, terá como objetivo discutir questões cruciais relacionadas aos enfermeiros que desenvolvem a sua actividade profissional nestas instituições, atendendo ao papel fundamental que estes profissionais desempenham nas mesmas.
Na missiva enviada, a SRRAAOE enumera alguns pontos que gostaria de abordar no encontro, em grande parte relacionados com a necessidade de valorização e apoio dos enfermeiros que prestam cuidados nas instituições de apoio social.
Entre os pontos a debater, destaca-se a necessidade de retenção de enfermeiros nas ERPI e UCCI, a eventual necessidade da criação de um acordo colectivo de trabalho específico para os enfermeiros, bem como outras matérias que possam contribuir para a sustentabilidade destas instituições e para a qualidade e segurança dos cuidados oferecidos.
Para o Presidente da SRRAAOE, Pedro Soares, “é inegável que os enfermeiros desempenham um papel fundamental nos cuidados prestados nestas instituições. As suas competências, dedicação e profissionalismo contribuem significativamente para a qualidade dos cuidados. Infelizmente, muitas vezes, esses profissionais enfrentam desafios, como remunerações inadequadas, falta de reconhecimento do seu valor profissional, entre outras situações que carecem de ser discutidas e ultrapassadas”.
“Para termos uma noção real, estamos por exemplo a falar de remunerações mensais pouco acima do ordenado base. Ora, num tempo em que devemos ter especial atenção à retenção de enfermeiros nas ERPI e UCCI, situação crucial para a continuidade da qualidade dos cuidados prestados, não o fazer, é claramente um convite à desertificação profissional, situação que já acontece em algumas instituições”, esclarece Pedro Soares.
“Propomos discutir ainda a eventual necessidade da criação de um acordo coletivo de trabalho específico para os enfermeiros com os nossos sindicatos, por forma a ser mais um ponto de atractividade e reconhecimento. Queremos ainda abordar questões como condições de trabalho e benefícios, garantindo justiça e equidade, já que acreditamos que está em causa a sustentabilidade dos cuidados em várias instituições e não podemos deixar que isso aconteça.”
A SRRAAOE aguarda com expectativa a confirmação da disponibilidade de todas as partes, com a convicção de que este encontro será um momento construtivo e uma oportunidade fundamental para identificar sinergias profícuas, tendo sempre em vista a melhoria dos cuidados prestados.

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