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Bolieiro espera da república 85% do financiamento para o HDES

O Presidente do Executivo dos Açores admitiu ontem que a comparticipação do Governo da República para a reabilitação do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) deverá ser de 85%, tal como aconteceu com o furação Lorenzo.
José Manuel Bolieiro referiu aos jornalistas que haverá financiamento da República para as obras a realizar no HDES devido ao incêndio do dia 4 de Maio e que, no seu entendimento, a comparticipação deverá ser de 85% do valor da intervenção prevista, que ainda está por definir.
“Há um histórico em termos de compromisso que, no caso do furacão Lorenzo [que atingiu a Região em Outubro de 2019], o Estado se comprometeu a compensar a reparação dos danos em 85%. É esta a proposta que eu tenho para o Governo da República, neste caso, também assumir [a comparticipação da despesa] de forma solidária”, disse o líder do Executivo açoriano no final de uma audiência com a Direcção da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), realizada no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada.
José Manuel Boliero adiantou que na celebração do Dia dos Açores, na Segunda-feira, na Horta (Faial), fará uma intervenção onde abordará o assunto e que será “exactamente na mesma linha, independentemente da cor partidária do Governo, na defesa dos interesses dos Açores”.
O líder do Executivo de coligação reafirmou que a intervenção no hospital será feita em três fases, sendo a primeira relacionada com a reabilitação do edifício para que possa retomar a actividade de forma progressiva, a segunda será a possibilidade de executar uma ampliação modelar e a última tem a ver com a sua modernização e ampliação.
O Presidente do Governo dos Açores também destacou o apoio da CVP – que instalou um posto médico avançado em Ponta Delgada -, e disse que tem recebido testemunhos dos profissionais e dos doentes do HDES que foram deslocados “de enorme conforto e satisfação”.
No encontro de José Manuel Bolieiro com o Presidente da CVP, António Saraiva, foi abordada a questão do reforço do protocolo relativamente à capacidade da Cruz Vermelha nos Açores, para que haja a oportunidade de “ter uma robustez crescente de oferta e de meios para responder” e fazer parte de uma futura equipa multidisciplinar para pensar o “hospital novo”.
“Não se trata de um jogo de palavras, mas sim de uma ideia. Não queremos perder tempo com localizações para construção nova em lugar diferente. O que queremos é aproveitar as instalações e, com mais prontidão, […] podermos ter uma capacidade para um hospital novo, no sentido em que será modernizado, ampliado, requalificado, diferenciado, com base nas exigências do presente e do futuro”, explicou José Manuel Bolieiro.
António Saraiva disse aos jornalistas que no seguimento do incêndio no HDES, que deixou a unidade de saúde inoperacional, foi decidido reforçar o protocolo com o Governo Regional, para “dotar a Região de uma resposta cada vez mais eficaz a fenómenos que possam ocorrer”.
Após a audiência no Palácio de Santana, José Manuel Bolieiro e António Saraiva visitaram o posto médico avançado instalado pela CVP no Pavilhão Municipal Carlos Silveira, em Ponta Delgada, que duplicou a sua capacidade a partir de ontem.
O posto médico avançado, que começou a funcionar no dia 10 com capacidade para 34 pacientes que estavam internados no hospital e tiveram de ser transferidos para o centro de saúde, tem agora 60 camas disponíveis.
“A duplicação da capacidade foi solicitada pelas autoridades de saúde açorianas, conseguindo a Cruz Vermelha dar resposta em cerca de 24 horas graças ao material logístico disponível nos Açores e que ficará em permanência na Região, reforçando a sua autonomia futura em situações de emergência e catástrofe”, adiantou a CVP em comunicado.

António Vasco Neto Viveiros
nomeado vogal do HDES

O Conselho do Governo Regional dos Açores aprovou ontem uma Resolução que designa António Vasco Vieira Neto Viveiros como vogal do Conselho de Administração do Hospital Divino Espírito Santo.
O nomeado já tinha exercido aquele cargo no Conselho de Administração do HDES, onde é quadro da unidade hospitalar há quase 30 anos, antes de se candidatar a deputado do PSD à Assembleia Regional, onde exerceu as funções de deputados durante alguns anos.
António Vasco Viveiros, 63 anos de idade, é dirigente do PSD na concelhia da Lagoa e é licenciado em Gestão de Empresas.

Doentes no Faial transferidos
do hotel

Os utentes da ilha de São Miguel que se encontram no Faial a fazer hemodiálise vão ser realojados por falta de disponibilidade dos hotéis onde foram inicialmente acolhidos, explicou ontem a Secretária Regional da Saúde.
“Quando os hotéis foram contactados para receber estes utentes não houve qualquer tipo de hesitação. Contudo, atendendo às festividades da próxima semana, não há disponibilidade dos hotéis, que já tinham compromissos assumidos e, claro, que a nossa preocupação foi continuar a acautelar uma resposta social de alojamento, alimentação e pagamento de diárias a estes utentes, de forma digna”, afirmou a Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi.
Em causa estão 31 utentes, que foram transferidos para a ilha do Faial para continuar os tratamentos de hemodiálise, após o incêndio que deflagrou no dia 4 de Maio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que impossibilitou a prestação do serviço naquela unidade.
Na Segunda-feira, comemora-se o Dia dos Açores e as celebrações oficiais, que distinguem 31 personalidades ou instituições, vão ocorrer na ilha do Faial, seguindo-se a realização do plenário de Maio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na mesma ilha.
Os hotéis onde estavam alojados os utentes informaram que não tinham quartos disponíveis a partir da hora de almoço de Domingo, o que levou a tutela a procurar soluções alternativas.
Parte dos doentes ficará alojada no centro de estágios do Serviço de Desporto da Ilha do Faial que, segundo Mónica Seidi, “ainda o ano passado foi remodelado”.
Os restantes “serão distribuídos por uma residencial, uma hospedaria e apartamentos que são designados por apartamentos militares”.
“São soluções que continuarão a dar dignidade aos nossos utentes e, além disso, queremos continuar a acautelar os cuidados com a alimentação, porque estamos a falar de utentes com uma patologia específica e que tem de ter algum controlo alimentar associado, assim como o pagamento de diárias”, salientou a titular da pasta da Saúde.
A governante manifestou disponibilidade para que os utentes regressem às unidades hoteleiras onde estavam, assim que possível.
“Não tenho presente quando é que passará a haver novamente disponibilidade, mas se for decidido regressarem aos hotéis, por uma questão de maior comodidade, não temos nada contra isso. O nosso desejo é que estes doentes regressem sim ao seu lar, à sua ilha, o mais rapidamente possível”, apontou.
O Hospital do Divino Espírito Santo está a retomar gradualmente tratamentos oncológicos e consultas, mas o serviço de hemodiálise aguarda ainda por análises à água para voltar a fazer tratamentos.

PS alerta para agravamento
dos cuidados de saúde

O deputado do PS à Assembleia Legislativa dos Açores, José Ávila, alertou para o eventual agravamento dos cuidados de saúde na Região, na sequência do incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), na ilha de São Miguel.
“É preciso acautelar que os problemas que já se verificavam na prestação de cuidados de saúde, por exemplo na ilha Graciosa, não se agravem na sequência do incêndio que destruiu parcialmente o hospital de Ponta Delgada”, advertiu o parlamentar socialista, que falava aos jornalistas após uma reunião com o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Graciosa.
Os deputados do PS ao Parlamento açoriano estão a realizar um conjunto de reuniões com as unidades de saúde da região, com o objectivo de encontrar soluções para a prestação de cuidados de saúde no arquipélago, na sequência do incêndio que ocorreu a 4 de Maio no HDES, em Ponta Delgada, que ficou inoperacional.
José Ávila salientou que o momento é de solidariedade e de “busca de soluções no sentido de repor a normalidade”, mas lembrou que na ilha Graciosa, pela qual foi eleito, existem “muitos utentes” que são acompanhados, em diferentes especialidades, pelo HDES. Ainda segundo o deputado socialista, para agravar ainda mais a situação, a Unidade de Saúde da Ilha Graciosa (USIG) continua sem diretor clínico, desde agosto do ano passado, e o quadro médico “continua muito instável”, situação que já originou queixas por parte da população.
“Após mais de três anos deste Governo, a USIG continua a ter falta dos assistentes técnicos necessários para o normal funcionamento e a situação dos trabalhadores contratados no âmbito da [pandemia] de covid-19, que se mantêm precários, continua a arrastar-se, apesar das promessas do Governo Regional”, lamentou José Ávila. (Resposta do PSD na página seguinte).

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