O candidato à presidência do Governo Regional dos Açores pela coligação PSD/CDS-PP/PPM disse ontem que não faz parte do seu cenário integrar o Chega num futuro Governo e defendeu a importância de liderar um Executivo de estabilidade.
“Não faz parte do meu cenário”, respondeu ontem José Manuel Bolieiro aos jornalistas quando questionado sobre a possibilidade de integrar o Chega no próximo Executivo, caso vença as eleições de Domingo.
E justificou afirmando que está a idealizar um “cenário que é justo” em função do trabalho que tem realizado como Presidente do Governo.
“Um Governo de estabilidade, liderado por mim, com a coligação PSD/CDS/PPM, e onde, obviamente, o PSD prevalece no quadro da sua doutrina, bem como, também, porque há coerência ideológica e doutrinária entre a social-democracia cristã e ecológica. Reúne exatamente o essencial do PSD, do CDS e do PPM”, vaticinou o candidato que também é líder do PSD/Açores.
José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas durante uma acção de campanha na feira de Santana, após visitar uma fábrica de rações no mesmo local.
Nas declarações, o candidato também assegurou: “Não participo em mais especulações, mas evito qualquer insinuação, como aconteceu de forma soez durante este final de campanha eleitoral”.
“A tentativa de falsearem reuniões e acordos. Isto é já revelador de desespero, em vez de apresentarem [os partidos da oposição] propostas alternativas, porque é isto a democracia”.
No entanto, referiu que é “um conciliador” para garantir a estratégia que lidera na governação dos Açores, que tem muito a ver “com uma mudança de paradigma, com uma visão reformista, com o desenvolvimento, com a coesão de todas as ilhas no contexto dos Açores e, sobretudo, também, com a dignificação e projeção dos Açores no contexto europeu e mundial”.