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PS dos Açores reúne Quinta-feira para decidir posição sobre novo Governo

O PS-Açores vai reunir-se Quinta-feira para decidir que posição tomará em relação à formação do novo Governo no arquipélago.
A reunião acontece numa altura em que o PSD pressiona o PS a permitir que governe, abstendo-se para viabilizar o seu programa de Governo, uma vez que os sociais democratas venceram as eleições sem maioria absoluta.
No PS, pouco depois de serem conhecidos os resultados eleitorais começavam a ouvir-se várias vozes que fazem parte da direcção nacional e que sugeriam que o partido nos Açores não deveria viabilizar o Governo do PSD, e outras figuras com responsabilidades no partido, como Francisco Assis, a defenderem precisamente o contrário.
A continuidade ou não de Vasco Cordeiro na liderança do PS deverá ser outro assunto em análise.

Vice do Chega diz que partido não se aliará ao PS
para fazer cair Governo

O Vice-presidente do Chega, António Tânger Correia, esclareceu ontem à rádio Observador que o partido não vai associar-se ao PS para fazer cair o Governo que José Manuel Bolieiro irá formar nos Açores.
“Obviamente que o nosso ADN é nunca estar coligado com o PS. Nunca na vida o Chega se associará ao PS, seja para fazer cair o Governo do PSD, seja para outro tipo de iniciativas que consideramos contrárias ao interesse daqueles que votaram nestas eleições e que claramente rejeitaram o governo socialista”.
E garante mesmo que isso “nunca” irá acontecer nesta legislatura: “O Chega nunca estará associado ao PS, nem nos Açores nem no continente, porque o nosso principal objetivo é dessocializar o país”.
“Estamos preparados para apoiar o PSD naquilo que acharmos que é bom para os cidadãos. Não temos nada à partida contra. Agora, se o PSD quiser ostracizar o Chega e marcar linhas vermelhas… o problema é do PSD, não é nosso”, prossegue.
“Nós estamos dispostos a colaborar para uma boa gestão quer a nível regional, quer a nível nacional”. Mesmo sem integrar esses governos? “Isso é negociável”, diz. “A nível nacional estamos dispostos a falar com os responsáveis do PSD”.
Para já, “é cedo” explicar que forma poderão assumir esses diálogos, esperando primeiro que o PSD diga “como vai fazer”, diz. “Não somos nós que vamos dizer ao PSD a forma de governar a Região”. E recusa que seja um recuo em relação ao que André Ventura já tinha dito, assegurando agora que a postura do Chega sempre foi a de ser um partido “dialogante”.
As explicações entram em contradição com o que o líder do Chega nos Açores, José Pacheco, tinha prometido, e que envolvia uma garantia intransigente de que o partido teria de entrar num futuro Governo para o viabilizar: “Não venham aqui com histórias que vão-nos dar essa secretaria ou aquela. O Chega é que escolhe, o Chega é que diz o que é que quer. Não querem, façam-se caminho, se faz favor, e o Presidente da República que marque novas eleições.”
Além disso, no Domingo André Ventura acusava Bolieiro de tomar uma atitude de “irresponsabilidade” e de não preferir um cenário de “estabilidade”. E dizia querer trabalhar com o PSD, apesar de Bolieiro recusar a hipótese de um “acordo de Governo” que o Chega ainda este Domingo veio colocar em cima da mesa.
A julgar pelas declarações de Tânger Correia, o Chega escolhe assim viabilizar o Governo do PSD e não fazê-lo cair, como já tinha sugerido que faria no plano nacional, admitindo apresentar uma moção de rejeição a um eventual Governo da Aliança Democrática.

Gráficos de Rafael Cota,
para Diário dos Açores

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