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Índices de embriaguez severa estabilizaram nos Açores e aumentou o consumo de metanfetaminas

O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) acaba de divulgar o Relatório Anual 2022 sobre “A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências”.
Segundo o documento, as regiões (NUTS II) do Norte e Centro surgiram com as prevalências de consumo recente e actual de qualquer droga mais elevadas, tanto nos 15-74 anos como nos 15-34 anos.
As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira apresentaram as menores prevalências de consumo recente de qualquer droga nos 15-74 anos, e também a Madeira nos 15-34 anos.
De um modo geral, o padrão nacional de evolução das prevalências de consumo recente manteve-se em quase todas as regiões.
O Centro registou os aumentos mais expressivos do consumo recente de outras substâncias que não canábis nos 15-34 anos, nomeadamente de cocaína, ecstasy e anfetaminas.
Portugal continua a surgir como um dos países europeus com menores prevalências de consumo recente de canábis, de cocaína e de ecstasy, as três substâncias ilícitas com maiores prevalências de consumo recente em Portugal.
O consumo diário de canábis destacou o Algarve (com 4,7% de prevalência), seguido pelo Alentejo (4,3%) e Centro (3,3%) – os Açores e o Alentejo destacaram-se no consumo de metanfetaminas.
Quanto ao consumo de álcool, cerca de 28% dos inquiridos / 31% dos consumidores recentes de álcool, experienciou problemas relacionados com o consumo de álcool nos últimos 12 meses, continuando a ser os mais referidos, as situações de mal-estar emocional e o envolvimento em relações sexuais desprotegidas.
Persistem as heterogeneidades regionais, continuando o Alentejo a ter valores mais elevados nos vários indicadores em análise.
As Regiões Autónomas destacaram-se com os valores mais baixos.
De um modo geral, o padrão nacional de evolução destes indicadores verificou-se na maioria das regiões.
De destacar entre as excepções, a descida do consumo binge e a estabilidade da embriaguez severa nos Açores.
Por sua vez, apesar da diminuição do consumo recente na Madeira, esta foi a região que teve um maior agravamento do consumo binge e da embriaguez severa face a 2021.
Segundo o relatório, são cada vez mais consumidas bebidas alcoólicas de forma diária: de acordo com o inquérito, a percentagem de jovens de 18 anos que consome diariamente aumentou de 10 para 13% entre 2021 e 2022 – é o valor mais alto dos últimos sete anos.
A Madeira é o caso mais preocupante, região onde o consumo mais do que duplicou: em 2021 eram 4,9%, agora são 12,9%.
É no Alentejo que se encontra a prevalência mais elevada de consumo (18,1%) e é também uma das regiões com maior crescimento (12,8% em 2021).
No norte do país, apontou o SICAD, há 12,2% dos jovens que consomem diariamente, um salto face aos 8,5% registados em 2021, uma das percentagens mais baixas em Portugal.
De acordo com o relatório, “verificou-se na Região uma tendência de convergência com o conjunto do país”. Em cada 10 portugueses com 18 anos, três já tiveram problemas relacionados com o consumo, sendo que o norte é a região com prevalência mais baixa (26%) e o Alentejo a mais alta (33,7%).
“A Madeira destaca-se como a região onde o panorama mais se agravou, com subidas de oito pontos percentuais no que concerne tanto ao consumo ‘binge’ como à embriaguez severa e sete pontos percentuais no que se refere à ingestão de bebidas alcoólicas numa base diária ou quase diária”, referiu o relatório.
O que é o consumo ‘binge’?
De acordo com os especialistas, consiste na ingestão de cinco ou mais bebidas alcoólicas na mesma ocasião – no último ano, mais de metade dos inquiridos admitiu ter bebido essa quantidade pelo menos uma vez, sendo que 36% passou por uma “embriaguez severa” no mesmo período, conclui o documento.

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