O Cartão de Cidadão, na nova geração será “mais completo, mais seguro, mais digital (…), muito inovador em termos tecnológicos que apresenta a tecnologia contactless [sem contacto], que simplifica a leitura da informação e abre (…) novos casos de utilização“, colocando-o no “epicentro daquilo que chamaria uma cidadania digital mais ativa”, disse o Secretário de Estado da Modernização Administrativa, Mário Campolargo.
“Esta vantagem do contactless permite que a interação dos serviços com Cartão de Cidadão, a leitura da informação que está ali, seja mais rápida, mais em linha com aquilo que temos hoje nos nossos cartões bancários ou noutro tipo de cartões”, salientou, em linha com os compromissos assumidos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Já em declarações à RTP3, o Secretário de Estado da Justiça, Pedro Tavares, avançou também que o novo documento começa a ser emitido a partir de 10 de Junho, em que a fotografia de rosto vai ser maior e o chip passa a estar no verso. No futuro, será possível utilizá-lo como título de transporte ou, por exemplo, como bilhete para assistir a um espectáculo.
“Estes cartões, também a nível europeu, são mais uniformizados”, assinalou o governante, destacando a maior segurança do documento.
Por outro lado, o novo modelo de atendimento passa a estar “assente no serviço integrado das várias entidades da Administração Pública num único local, sendo que este único local pode ser espaço físico, como as lojas ou espaços Cidadão, espaço digital no portal único de serviços ou na futura app Cidadão”, disse Mário Campolargo.
Em ambos os espaços é garantido “um atendimento mais próximo, mais rápido, mais intuitivo e mais amigável a todos os cidadãos, quer estejam a título individual ou empresarial, para que estes resolvam as suas questões com o mínimo de esforço e de tempo”, salientou.
Assim, de “uma forma muito prática”, quando se quiser “tratar presencialmente de um ou vários assuntos, por exemplo da Segurança Social ou dos Registos e Notariados, do Instituto de Mobilidade e Transportes [IMT] ou das Finanças num espaço físico como a Loja de Cidadão, há à disposição balcões únicos e integrados“, explicou o secretário de Estado da Modernização Administrativa.
Desta forma, “o cidadão não necessitará necessariamente de saber qual é a entidade responsável pelo assunto que o levou” à Loja ou Espaço Cidadão, “sendo o Estado que tem de organizar-se para prestar um serviço, simples e integrado, utilizando para isso as oportunidades que são abertas pela progressiva digitalização da Administração Pública e por tecnologias inovadoras como Inteligência Artificial [IA]”.
O mesmo acontece no telemóvel ou no computador, a partir do momento em que se acede ao espaço digital, “uma nova versão do portal e uma nova App Cidadão”.
Nestes dois espaços digitais “entregaremos e agregaremos cada vez mais serviços e aplicações móveis com uma experiência de utilização mais intuitiva“, referiu, salientando o lançamento da nova App Cidadão, a qual “adoptará uma relação personalizada” com o cidadão em concreto, “antecipando as suas necessidades e as suas preferências, concentrando todas as informações que sejam relevantes para a sua interação com o Estado”.
Adiantou que o novo modelo de atendimento “vai começar a ser implementado nas Lojas de Cidadão 3.0, para as quais o aviso do PRR está neste momento aberto”.
No reforço do PRR “entendeu-se que deveríamos garantir ainda uma maior presença das Lojas de Cidadão, Espaços Cidadão, Espaços Cidadão Móvel em todo o país e, por isso, abrimos estas novas dez lojas de Cidadão com este novo modelo de atendimento, abrimos também mais 100, num total de 400 Espaços Cidadão e teremos a oportunidade de desfrutar de 24 Espaços Móveis”, conclui o responsável.