“Viver Abril na educação: caminhos para uma escola plural e participativa” foi o mote deste ano para o Parlamento dos Jovens, que aconteceu na Assembleia Legislativa Regional, e onde marcou presença o deputado do Chega, José Paulo Sousa.
Numa primeira intervenção, falando particularmente sobre o tema deste ano, José Paulo Sousa identificou a possibilidade de “reflectir sobre o papel fundamental que a educação desempenha na nossa sociedade, principalmente dos valores prometidos no 25 de Abril de 1974, que não foi apenas um marco na história de Portugal, mas que trouxe liberdade e igualdade para todos os cidadãos”.
Sobre a construção de uma escola plural e participativa, o deputado do Chega entende que esta deve ser um espaço “que respeite e valorize a diferença de opiniões e culturas”, sendo um desafio contínuo que envolve toda a comunidade escolar e familiar. Neste sentido, é preciso garantir que todos os estudantes tenham acesso igualitário a oportunidades educacionais de qualidade, independentemente da sua origem, social, cultural ou económica.
“Devemos procurar caminhos e promover práticas pedagógicas que incentivem o pensamento crítico, a criatividade e a autonomia, preparando os jovens para serem os cidadãos de amanhã”, alertando os jovens deputados que têm nas mãos a oportunidade de contribuir para uma educação mais inclusiva e plural. Como? “Defendendo valores da liberdade, democracia e igualdade e promover uma cultura de respeito, diálogo e segurança”, enfatizou.
Questionado directamente pelos jovens parlamentares, acerca de questões ideológico-partidárias, o deputado do Chega esclareceu algumas questões relacionadas com a imigração, nomeadamente quanto à proibição de entrada de imigrantes, reconhecendo que estes podem ajudar a resolver questões preocupantes como a baixa demografia e falta de mão-de-obra. No entanto, deixou um alerta: Temos de defender todos. Se estas pessoas estão cá, merecem ser respeitadas e ter os mesmos direitos na sociedade”.
O parlamentar indicou ainda aos 70 jovens, que representam 32 escolas do ensino secundário e profissional dos Açores, que em 2024 já nem se deveriam colocar questões de igualdade de género e igualdade de direitos – já consagradas na Constituição Portuguesa – sendo um problema que importa resolver pela sociedade e não tanto pelos governos.
José Paulo Sousa afirmou que são os jovens parlamentares que vão trabalhar para o futuro da Região e que têm a liberdade de escolher os partidos que melhor darão resposta às suas necessidades e às necessidades da sociedade açoriana.