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Gato por lebre

Os Presidentes das Câmaras Municipais da ilha de S. Miguel vão decidir hoje se avançam ou não com a taxa turística em todos os concelhos já este Verão.
Há um ano os argumentos dos autarcas poderiam fazer sentido, porque o fluxo de turistas na ilha era tentador para os cofres de cada município.
Hoje, o argumento não faz sentido.
Tivemos um mau arranque em Janeiro, com uma diminuição de turistas, que já se tinha repetido em Dezembro, coisa que não víamos há quase uma década.
O mercado nacional – o nosso melhor mercado – foi o que mais se retraiu, provavelmente a pensar nos preços e noutras paragens mais baratas dentro do próprio país ou em países concorrentes.
Perdemos o volume de tráfego que nos trazia a Ryanair e a Páscoa acabou por ser menos positiva do que se esperava para toda a hotelaria e para a restauração.
Os sinais impõem-nos alguma prudência e os empresários do sector não estão tão seguros como nos anos recentes.
É só falar com eles.
Mais de 60% dos Alojamentos Locais não têm reportado movimento de hóspedes, o que também preocupa.
Para o Verão sabemos que o mercado funciona por si, mas poderá acontecer algum imprevisto que nos traga menos hóspedes, como aconteceu no Algarve.
Não é nada prudente aplicar, agora, a taxa turística.
Seria mesmo um logro, porque quem vem de férias no Verão já terá feito as respectivas reservas, com o respectivo pagamento.
Chegar agora cá e pedirem para pagar uma taxa que não estava prevista no pacote turístico é uma atitude muito feia.
Ou os Senhores Presidentes quererão ficar com a consciência pesada por venderem gato por lebre?

Osvaldo Cabral
[email protected]

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