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HDES monta “solução robusta” para pôr a funcionar o hospital por fases

O hospital de Ponta Delgada vai ser reativado “lentamente” após o incêndio de Sábado, prevendo-se que as unidades de oncologia e hemodiálise retomem a actividade de forma faseada na próxima semana, anunciou a directora clínica.
“Em termos de reactivação, não será ainda esta semana. Provavelmente na próxima semana serão reactivadas as duas unidades de oncologia e hemodiálise, mas será feito muito lentamente”, adiantou a directora clínica do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), Paula Macedo, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, que decorreu na unidade da ilha de São Miguel.
Paula Macedo salientou que a retoma vai ser feita de forma faseada e com um “pequeno volume de doentes” para garantir a segurança.

Quadro eléctrico
com vistorias em dia

O hospital de Ponta Delgada abriu um processo de averiguações para apurar as causas do incêndio que deflagrou no Sábado, mas a Presidente da unidade de saúde assegurou que o quadro eléctrico tinha as vistorias em dia.
“No dia 6 de Maio, em reunião extraordinária do Conselho de Administração, foi aberto um processo averiguações para efectivamente apurarem-se as causas da origem do incêndio”, afirmou a Presidente do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), Manuela Gomes de Menezes.
O incêndio no hospital de Ponta Delgada, que deflagrou pelas 09h40 locais de Sábado e só foi declarado extinto às 16h11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.
Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário proceder à transferência de 240.
Numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, a Presidente do Conselho de Administração do maior hospital açoriano assegurou que o quadro eléctrico, onde o incêndio terá tido início, tinha as vistorias em dia.
“As últimas duas vistorias que foram realizadas ao quadro eléctrico geral/central do Divino Espírito Santo foram feitas em Novembro de 2023 e Março de 2024. Isso significa que as vistorias estavam em dia”, salientou.
Manuela Gomes de Menezes adiantou ainda que estão a “decorrer trabalhos tendo em vista a reposição dos sistemas” e que a prioridade após o incêndio ter sido declarado extinto foi “restabelecer alguma energia eléctrica” para apoiar a evacuação dos doentes.
Segundo a responsável, o HDES tem actualmente nove geradores a funcionar que “não têm capacidade, de todo, para manter” a unidade em “pleno funcionamento”.
“Está a ser montada uma solução mais robusta ao nível de energia eléctrica que permitirá fazer ensaios que vão permitir identificar a extensão dos danos”, acrescentou.
A Presidente do hospital destacou também que a fuligem do incêndio “comprometeu a qualidade da água” e que o fumo afectou “todas as zonas técnicas de controlo do ar”.
Ainda segundo Manuela Gomes de Menezes, a Administração conta ter no “final da próxima semana parte da rede de águas operacional”, tendo a central telefónica do HDES já sido reactivada.
O Conselho de Administração adiantou igualmente que pretende fazer actualizações semanais da situação.
O Governo dos Açores declarou no Domingo a situação de calamidade pública devido ao incêndio para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar num “curto espaço de tempo”, a actividade da maior unidade de saúde açoriana.
Não foi ainda divulgada uma contabilização dos estragos do fogo.

Posto médico avançado da Cruz Vermelha em Ponta Delgada abre no fim-de-semana

O posto médico avançado da Cruz Vermelha a instalar em Ponta Delgada já se encontra nesta cidade e vai começar a ser montado no Pavilhão junto à Escola Mãe de Deus.
São mais de 2 toneladas de material, que chegaram na madrugada de ontem em avião da Força Aérea, com uma equipa de especialistas para a montagem do posto médico.
A abertura deste posto está prevista para o fim de semana, albergando médicos e doentes, mesmo cirúrgicos.
A Força Aérea continua, entretanto, a transferir alguns doentes para Lisboa e outras ilhas, nomeadamente bebés prematuros.
O anúncio do posto médico da Cruz Vermelha foi revelado por José Manuel Bolieiro numa visita ao Centro de Saúde da lagoa, onde especificou que se trata de uma iniciativa da Cruz Vermelha que, através dos seus responsáveis, “garantiu capacidade instalada nos Açores para montar rapidamente um posto médico avançado que será operacionalizado este fim de semana, a instalar no pavilhão da Escola da Mãe de Deus”.
O líder do executivo açoriano visitou o Centro de Saúde da Lagoa, que passa a ter um serviço de urgência na sequência do encerramento do Hospital do Divino Espírito Santo.
Bolieiro destacou que este posto da Cruz Vermelha, com os meios existentes nos Açores, “permitirá outra grande vantagem”, que passa por libertar lugares no Centro de Saúde de Ponta Delgada, que ficará “totalmente disponível para a normalidade assistencial”.
O Presidente do Governo referiu para além do trabalho imediato para acudir aos utentes, que existe um “trabalho de médio prazo para fazer novo o Hospital do Divino Espírito Santo com as capacidades não só da reabilitação do destruído como também capacitá-lo como um hospital moderno e do século XXI”.
“Todo esse trabalho exigirá uma relação muito próxima do Governo Regional com o Governo da República”, disse o governante, salvaguardando que “se se ficar apenas pelos remendos não se estará a fazer um bom serviço às necessidades e, sobretudo, à exigência do Serviço Regional de Saúde”.
De acordo com José Manuel Bolieiro, também o Serviço Nacional de Saúde “tem que ter um hospital com a dimensão que o hospital de Ponta Delgada tem, de fim de linha”.
Bolieiro afirma não dispensar qualquer fonte de financiamento no quadro da União Europeia, mas salvaguardou que “há regras para fazer acionar o Fundo de Solidariedade”, indo-se avaliar se “depois do levantamento feito” haverá garantia de condições para uma candidatura.
A Secretária Regional da Saúde e Assuntos Sociais, também em declarações aos jornalistas, especificou que a solução da Cruz Vermelha vai permitir retirar os 41 utentes no Centro de Saúde de Ponta Delgada.
Já Manuela Filipe, da Cruz Vermelha, que acompanhou o Presidente do Governo na sua visita, especificou que foi criado um gabinete para dar apoio na delegação de São Miguel, tendo referido que “a estrutura local [da ilha Terceira] está muito bem equipada e pode, responder de imediato”, pondo “em tempo recorde [em Ponta Delgada] uma série de equipamento”.

BE quer Urgências
em Ponta Delgada

O Bloco de Esquerda defende a abertura de um serviço de atendimento urgente no concelho de Ponta Delgada e que o serviço de urgência do hospital da CUF seja inteiramente dedicado ao serviço público, apenas com o critério clínico para prioridade no atendimento.
Numa conferência de imprensa, ontem, em Ponta Delgada, António Lima lembra que o concelho de Ponta Delgada concentra praticamente metade da população da ilha de São Miguel e não pode ficar sem um serviço de urgência, por mais básico que seja, até porque “não existe uma rede de transportes que permita a circulação entre a maioria das freguesias do concelho de Ponta Delgada e os restantes concelhos em tempo útil”.
“A linha de Saúde Açores, por melhor que funcione, não dará resposta a todas as situações”, por isso é “fundamental que exista no imediato um serviço para atendimento pouco urgente no concelho de Ponta Delgada”, adianta o deputado do Bloco.
O Bloco de Esquerda considera também que o serviço de urgência do hospital da CUF deve estar “inteiramente dedicado ao serviço público, para os casos mais urgentes e diferenciados, devendo ser o único critério para o atendimento o critério clínico”. Garantir acompanhamento de doentes deslocados da ilha, com prioridade para as mulheres grávidas e doentes com maior dependência, é outra das questões essenciais no imediato, para o Bloco.

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