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Bombeiros de Ponta Delgada tiveram prejuízos de 15 mil euros no incêndio

Os bombeiros de Ponta Delgada pediram ao Governo Regional um apoio extraordinário para fazer face aos prejuízos do combate ao incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), estimados em cerca de 15 mil euros.
“O material mais importante que nós não perdemos foi nenhuma vida. Todas as vidas foram salvas e é esse o maior activo, mas, de facto, houve perdas de mangueiras, ventiladores, agulhetas que são as pontas das mangueiras de combate a incêndio”, avançou o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.
João Paulo Medeiros falava aos jornalistas no quartel de Ponta Delgada após uma cerimónia de homenagem aos bombeiros que combateram o incêndio no HDES, que, segundo disse, causou um prejuízo de cerca de 15 mil euros àquela associação humanitária.
O dirigente destacou que o material de combate ao fogo tem um “custo muito elevado” e referiu que os bombeiros esperam “contar com o apoio do Governo” Regional para a substituição dos equipamentos.
“Foi feito o relatório e o inventário a pedido do próprio Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores. Foi enviado pelo nosso comandante no sentido de haver um apoio extraordinário porque é tudo material muito caro”, realçou, exemplificando com “fatos danificados” e “capacetes derretidos”.
Quando questionado, João Paulo Medeiros adiantou que o relatório da ocorrência vai ser “bastante complexo e extenso”, estando a ser elaborado pelo comandante da corporação.
O Presidente dos bombeiros de Ponta Delgada lembrou que existiam “materiais altamente inflamáveis”, uma vez que o incidente aconteceu no posto de transformação eléctrico, levando a que os bombeiros estivessem sujeitos a “temperaturas de mais de mil graus”.
“Muito dificilmente seria possível fazer mais e melhor porque a determinada altura os bombeiros interpuseram-se entre a barreira de fogo e o hospital. Passaram a uma situação defensiva. Lutaram com todas as armas que tinham e conseguiram evitar uma calamidade que podia ter sido dantesca”.
Já sobre a revisão do estatuto social do bombeiro, anunciado pelo Governo dos Açores, João Paulo Medeiros considerou tratar-se de um “primeiro passo”, que “tem o seu mérito” e que é “bem-vindo”.

Bolieiro homenageia e anuncia apoio aos bombeiros

O Governo dos Açores vai reforçar os apoios aos bombeiros na revisão do estatuto social, aumentando a bonificação do tempo de serviço e criando um subsídio atribuído conforme o número de horas.
Durante uma cerimónia de homenagem aos bombeiros que estiveram no combate ao incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), que decorreu no quartel de Ponta Delgada, o líder do Executivo dos Açores anunciou que a revisão do estatuto social do bombeiro vai ser levada a Conselho do Governo na próxima quinta-feira.
Aquele regulamento, anunciou José Manuel Bolieiro, vai conter novidades face ao estatuto apresentado pelo anterior Governo Regional e que não chegou a ser implementado devido à dissolução da Assembleia Legislativa.
Entre as novidades está o aumento da contribuição do Governo dos Açores para a bonificação do tempo de serviço de forma a “libertar o bombeiro de qualquer responsabilidade financeira” e a criação de um subsídio que será atribuído de acordo com as horas efetuadas.
“Relativamente à bonificação do tempo de serviço para efeitos de pensão do bombeiro, sob minha proposta, a Região Autónoma dos Açores em vez de pagar como estava previsto 25% das contribuições, passará a pagar 50% das contribuições”, avançou Bolieiro.
E acrescentou: “Este apoio extraordinário acumula com outro apoio extraordinário. Em vez de um subsídio de risco, o qual não temos competência na Região, o apoio assumirá um montante de 50% da remuneração mínima garantida sempre que houver um número de horas voluntárias efectuadas por cada bombeiro”.
Depois de aprovado em Conselho do Governo Regional, o regulamento do regime jurídico aplicável aos bombeiros vai ser discutido e votado na Assembleia Legislativa.
Na cerimónia, onde foram entregues diplomas a todos os que combaterem as chamas do incêndio no hospital de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro deixou uma “palavra de gratidão” e enalteceu a “competência, prontidão e saber” dos bombeiros.
“O edifício e a sua falência foram diminuídos nas consequências e no potencial do fogo pela vossa competência e diligência. Hoje, apesar da gravidade dos incidentes, está muito menos prejudicado o edifício e as instalações por causa da emergência com que souberam lidar com o fogo”, elogiou.
O incêndio no hospital de Ponta Delgada, que deflagrou pelas 09h40 de 4 de Maio, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.
O Governo dos Açores declarou no dia seguinte a situação de calamidade pública para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar, num “curto espaço de tempo”, a actividade da maior unidade de saúde açoriana.
A Direcção Clínica anunciou entretanto que o hospital vai ser reativado lentamente.
Não foi ainda divulgada uma contabilização dos estragos do incêndio.

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