Numa altura em que o mundo se deparava com a incerteza e o medo trazidos pela pandemia da COVID-19 e o Governo Regional dos Açores estava indeciso perante as medidas a tomar, uma vez que estas não eram consensuais entre a comunidade científica, governos e dentro do próprio governo, José Manuel Bolieiro, então líder da oposição, demonstrou uma postura de estadista ao garantir o apoio do seu partido às medidas que o Governo de Vasco Cordeiro viesse a tomar para proteger a população açoriana, nomeadamente a subida de nível de prevenção de alerta para contingência, responsabilizando-se também pelas consequências que daí adviriam.
Com uma visão altruísta e um sentido de dever para com os açorianos, José Manuel Bolieiro e o PSD mostraram-se aliados do Governo socialista na luta contra um inimigo comum que não conhecia fronteiras geográficas ou políticas e na proteção dos açorianos.
As declarações de Bolieiro à Lusa, no dia 12 de março de 2020, refletem essa atitude de colaboração e responsabilidade afirmou; “mais vale ser excessivo na prudência, do que negligente por receio de causar constrangimentos de caráter económico ou social. A saúde das pessoas está em primeiro lugar e o Governo dos Açores tem todo o apoio do PSD para tomar as medidas que julgar necessárias para proteger os açorianos.” José Manuel Bolieiro, firmou assim o compromisso do partido com os valores mais elevados de ética e moral.
Em contraste com essa nobre atitude do passado, a reação do PS, agora na oposição, perante o incêndio no HDES está a ser marcada por uma pressa política trauliteira. A exigência de relatórios preliminares e a convocação da Secretária Regional da Saúde ao Parlamento, menos de uma semana após o trágico acontecimento, não pode deixar de ser vista como uma atitude menos digna e construtiva, mais voltada para a pressão política de quem quer cavalgar politicamente uma tragédia, do que quem quer contribuir para a busca de soluções e apoio mútuo em tempos de crise.
A pressa em exigir relatórios preliminares, a ânsia por esclarecer “rumores” – como se a governação devesse ser pautada pelas conversas de café – e a convocação da Secretária Regional da Saúde ao parlamento, tudo isso em menos de uma semana após o sinistro, aparenta uma certa politiquice que beira a irresponsabilidade. É um estilo de atuação que assenta que nem uma luva no “herdeiro” e demonstra quem no fundo escolheu o atual grupo parlamentar e quem de facto manda no partido.
Nunca será demais demonstrara admiração a todos os que contribuíram para o combate a este incêndio, a todos os que contribuíram para mitigar a aflição e desconforto dos utentes e familiares, a todos os profissionais do HDES. Todos sem exceção, demonstraram um admirável sentido de solidariedade e serviço ao próximo, permitindo a essencial continuidade de prestação de cuidados de saúde
Destacar a assertividade dos responsáveis políticos, a articulação imediata de todos os parceiros que agregaram em torno da construção de soluções imediatas.
Devemos enaltecer o trabalho nesta situação, demonstrando um compromisso extraordinário com os açorianos. Nós açorianos, temos a sorte de contar com uma Secretária extremamente competente e de uma dedicação inesgotável, que está a realizar um trabalho absolutamente notável no meio de uma situação “delirante”. A sua liderança e esforços são dignos de reconhecimento e gratidão por parte de todos nós.
Outro destaque incontornável é a ação é do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro. Com uma serenidade única, uma inteligência emocional fora do vulgar, uma capacidade de liderança com estilo muito próprio e sóbrio lidera pelo exemplo, pela inteligência, pela capacidade de diálogo, pela capacidade de simplificar o que parece complicado, desta conjugação de atuações resultam uma eficácia de ação inquestionável, é isto que se espera dos nossos responsáveis políticos.
É com esta atitude política que continuamos a continuar para a resolução definitiva da situação. Uma atitude de liderança firme, serena inspiradora de confiança e mobilizadora dos mais elevados interesses regionais.
Ana Jorge