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Bolieiro promete reabilitar o HDES e depois pensar num “hospital novo”

O Governo dos Açores está a ponderar a instalação de um hospital modular, em Ponta Delgada, nos terrenos contíguos à maior unidade de saúde dos Açores que sofreu um incêndio, para restabelecer serviços, anunciou a titular da pasta da Saúde.
“O posto médico avançado será optimizado e não descuramos de todo a necessidade de ter um hospital de campanha, sendo certo que será uma situação transitória e, em cima da mesa, está a possibilidade de avançarmos com a construção de um hospital modelar em terrenos contíguos ao hospital de Ponta Delgada”, disse Mónica Seidi.
A Secretária Regional, que falava após a primeira reunião do grupo de trabalho criado para avaliar danos no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), que sofreu um incêndio no dia 4 e ficou inoperacional, explicou que o hospital modular, a ser criado, permitirá que haja “uma situação transitória de restabelecimento de serviços mais especializados”.
“É uma possibilidade que o Governo está a analisar”, sublinhou, acrescentando que o hospital modular, um modelo usado por altura da pandemia de covid-19, será para uma “área mais clínica”, mas “não vem substituir em nada a projecção” que se pretende em termos de intervenção no HDES.
Por outro lado, a Secretária Regional da Saúde do Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM adiantou que vai ser aumentada a capacidade do “Posto Médico Avançado, instalado no Pavilhão Carlos Silveira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Segundo Mónica Seidi, o espaço tem actualmente entre 30 a 34 camas e haverá um reforço de mais 30.
“Já contactamos a Cruz Vermelha e é expectável que no Sábado as 60 camas já estejam montadas”, explicou.
A titular pela pasta da Saúde nos Açores sublinhou ainda que, devido ao incêndio na maior unidade de saúde dos Açores, tem sido feita uma “reorganização diária”.
O hospital de Ponta Delgada “tem capacidade para cerca de 400 camas e, neste momento, não há essa capacidade instalada na ilha”, apesar de “toda a abertura das mais diversas instituições para que se adaptassem serviços e se montassem camas de internamento e enfermarias”, sustentou.
Mónica Seidi adiantou também que há a possibilidade de na Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada, serem realizadas cirurgias, uma vez que a instituição disponibilizou “duas salas de bloco operatório”.
“Não temos uma estrutura física única que substitua o Hospital do Divino Espírito Santo e vamos ter, de forma faseada, pensar como é que iremos desenvolver a actividade”, reforçou.
A Secretária Regional garantiu também que o hospital CUF, localizado na Lagoa, na ilha de São Miguel, disponibilizou “duas salas para que os profissionais do hospital de Ponta Delgada possam fazer cirurgias” na unidade de saúde privada.
“Temos recebido da parte do grupo CUF toda a disponibilidade e o grupo decidiu que nos primeiros dez dias após o incêndio não cobrará qualquer tipo de valor aos doentes do Serviço Regional de Saúde que foram atendidos no hospital, nem às equipas do hospital de Ponta Delgada”, revelou Mónica Seidi.
Na segunda fase, a partir do dia 15 de Maio, será feita um acordo entre a Secretaria Regional da Saúde com o grupo CUF para que se possa encontrar uma forma de cobrar os custos, acrescentou.
O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, que deflagrou no dia 4 de maio, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

60 camas no Posto Avançado

O Posto Médico Avançado colocado pela Cruz Vermelha no Pavilhão Municipal Carlos Silveira, em Ponta delgada, aumenta hoje a sua capacidade para 60 camas.
O Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) realiza hoje uma visita a São Miguel e, nessa ocasião, António Saraiva manterá reuniões locais e visitará, pelas 11h, o Posto Médico Avançado.
A duplicação da capacidade foi solicitada pelas autoridades de saúde açorianas, conseguindo a Cruz Vermelha dar resposta em cerca de 24 horas graças ao material logístico disponível nos Açores e que ficará em permanência na região, reforçando a sua autonomia futura em situações de emergência e catástrofe.
A comitiva da Cruz Vermelha inclui também o vice-presidente, Marco Serronha, e a delegada regional dos Açores e P0residente da Assembleia-geral da CVP, Manuela Filipe.

Bolieiro promete reabilitar o HDES e depois pensar num “hospital novo”

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, prometeu que o Governo Regional vai “reabilitar” o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), para depois promover uma obra estrutural, permitindo a Ponta Delgada ter um “hospital novo”.
“O que é preciso é garantir que haja a reabilitação em primeira linha e depois, isso sim, uma musculação das capacidades do hospital com base no que chamei de forma enfática o que, não sendo um novo hospital, é um hospital novo”, afirmou o também líder do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM).
José Manuel Bolieiro defendeu a importância de uma obra estrutural no hospital de Ponta Delgada para assegurar “outra capacidade e diferenciação” na unidade que ficou inoperacional devido a um incêndio que deflagrou em 04 de maio. “Precisamos de garantir uma outra capacidade e diferenciação, não só na quantidade das capacidades das instalações, mas também obviamente na diferenciação. Isso tem de ser feito”, salientou o social-democrata, que falava nas jornadas parlamentares da coligação PSD/CDS-PP/PPM que decorreram na Junta de freguesia de São Pedro, em Ponta Delgada.
Instado pelos jornalistas a detalhar sobre o que está previsto para o HDES, o presidente do PSD nos Açores rejeitou “precipitações” num “tema tão complexo”, garantido as obras necessárias naquela que é a maior unidade de saúde dos Açores.
“Não quero perder tempo com debates sobre o lugar, como no aeroporto de Lisboa. A prontidão é a instalação do que for preciso demolir, é a instalação do que for preciso ampliar, é a instalação do que for preciso ser requalificado”, insistiu.
José Manuel Bolieiro justificou ainda a posição do executivo açoriano sobre o “hospital novo” com uma passagem bíblica: “fazei novas todas as coisas”, afirmou.
O líder da coligação que governa os Açores adiantou também que o executivo está a analisar se estão reunidos os “pressupostos para accionar o fundo de solidariedade da União Europeia” e lembrou o “compromisso” do Governo da República com a situação no hospital de Ponta Delgada.

Críticas à falta de manutenção
e a quem anda
à procura falhas

“Tive a oportunidade de dizer que não faremos precipitação. Há um compromisso assumido pelo Governo da República em conversa direta com o primeiro-ministro Luís Montenegro, que encarregou a senhora ministra da Saúde e a secretária de Estado de visitar o HDES”, declarou, lembrando a visita da governante dois dias após o incêndio.
José Manuel Bolieiro assegurou, por outro lado, que estão a ser realizados esforços para conseguir um “regresso mais cedo” àquela unidade dos “doentes mais prioritários”.
“Temos de ter um projeto relativamente aos blocos operatórios porque as cirurgias urgentes não têm adiantamento possível e as cirurgias programadas, a sua eventual reprogramação, deve ser feita da forma menos penalizadora da expectativa do prazo”, argumentou.
O líder dos sociais-democratas açorianos referiu igualmente que as Orientações de Médio Prazo (documento que vai ser votado na próxima semana no parlamento) têm de ser “adaptadas” para “demonstrar” a intenção do Governo Regional em intervir no HDES.
José Manuel Bolieiro criticou ainda a “falta de manutenção” ao longo dos anos no hospital e prometeu reconhecer todas as instituições envolvidas na evacuação do HDES no dia do incêndio.
“Andam as notícias à procura de uma falha e nunca encontram um segundo para exaltar o sucesso”, condenou.

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