A Confraria Internacional Cannabis Portugal anunciou ontem o início do cultivo do cânhamo nos Açores.
Este projecto foi oficialmente lançado ontem à tarde, na empresa que obteve, da parte da Direcção Geral da Alimentação e Veterinária, a primeira autorização para o efeito: Sanguinho – Turismo de Natureza dos Açores, situado no Faial da Terra.
Este cultivo e outros igualmente previstos, nas ilhas de S. Miguel, Terceira, Pico e Flores, representam o culminar de inúmeras reuniões, formações especializadas, três edições da CannAzores – Fórum Transatlântico de Cânhamo e Canábis, em 2021, 2022 e 2023, e duas edições da CannaPortugal – Expo Internacional de Cânhamo e de Canábis, realizadas em Lisboa em 2022 e 2023.
“Em total alinhamento com a Agenda 2030, os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e vasta documentação produzida pela ONU, União Europeia, FMI, Banco Mundial e a OMS, o cultivo desta planta é de suma importância para a economia e sustentabilidade, proporcionando a regeneração dos solos e mais qualidade de vida às populações locais”, afirma a organização.
Importa recordar que a fileira do cânhamo industrial é uma área económica de valor acrescentado com base numa planta da família da canábis que não constitui qualquer perigo para a saúde pública, uma vez que os níveis de THC (tetrahidrocanabinoil) são baixos e não produzem efeitos psicotrópicos, acrescenta a organização em comunicado enviado ao nosso jornal.