De acordo com o “Ciência Vitae”, (Plataforma Europeia de Registo Científico), a minha Grande Área e “Domínio de Atuação” é: “Ciências Sociais – Ciências da Educação” e “Humanidades – Filosofia, Ética e Religião”.
Religião.
HOMILIAS, tempo de ser ou uma réplica de alienação pressista de atualismo?
As Homilias são um tempo, sereno, do ser do Logos, do Sentido, de Meditação, ou uma réplica de alienação pressista de atualismo,? que já é degenerescência de atualidade e, ainda mais, de degenerescência da Contemporaneidade. A Religião está no mundo mas tem de se transcender para outro Mundo, tem de nos transformar para as coisas do Alto.
As melhores homilias não se contam pelo relógio. É um precedente para a preguiça do Espírito. Feliz de quem pode escolher e ler. Nunca me cansei das homilias de João Paulo II nem de Bento XVI nem de Francisco. Oito minutos é só para o exercício de aquecimento e início de concentração do Espírito para acolher, em profundidade, a Palavra de Deus. Cristo afirma: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração”. Na Linguagem de Cristo está presente o ensino? o ensinamento e a aprendizagem. São exortações profundas. A Homilia não é breve comentarista. Leia-se o Padre António Vieira. Oito minutos pode ser, embora não seja a intenção, uma afirmação demagógica, populista e sedutora, mas emnada indutora de interioridade.
Uma Homilia é um Tempo orante, de meditação, de frutos. A Homilia é um tempo para o Padre aceder com as suas palavras à Palavra de Deus, e só essa tem o Dom de nos tocar e de nos transformar no íntimo de nós. Numa Homilia, que exige preparação, só num tempo sem contagem cronométrica, Deus age, com a Sua Palavra, e só quando as palavras do Padre buscam, em verdade, a Palavra de Deus é que se dá e doa a verdadeira Homilia.
Ponta Delgada, 12 de junho de 2024
VERDADE OU CONVIVIALIDADE?
Uma questão de Filosofia da Educação
De modo intuitivo, todos sabem o que é a Verdade, mas poucos sabem Quem é A Verdade porque a Verdade não faz cedências à suposta convivialidade. Na senda da afabilidade e da cordialidade, a Verdade exige a relação entre Coração e Razão. Razão não é racionalismo e Coração não é sentimentalismo. O Sentimento e a sensibilidade são fontes e potências que interagem com uma Razão integral e genuinamente comunicacional. Perguntamos: Verdade ou Convivialidade? Talvez um eu inclusivo ou um eu exclusivo? Mas sempre um eu profundo, que não cede ao comércio de um eu social, que se deixa comprar e vender, num negócio muito perigoso, que destrói a Verdade que habita, de modo vivo, os nossos corações, que só se purificam na e com a Verdade, como busca que nos preenche e consola. Um eu e um nós autênticos, na Verdade do ser e de Ser a ser, em dinâmicas de conhecer.
Verdade ou convivialidade? Uma questão de Filosofia da Educação.
Ponta Delgada, 12 de junho de 2024
A SAUDADE É A ALMA DOS AÇORIANOS E DOS AÇORES
A Alma dos Açores não é redutível à “Açorianidade”, a Alma dos Açores e dos Açorianos é a Saudade, que nos Projeta, nas Origens, para o Futuro.
A Alma dos Açores não é redutível à “Açorianidade”, a Alma dos Açores e dos Açorianos é a Saudade, Saudade cá e lá, Saudade de cá e de lá. A Alma dos Açores e dos Açorianos é nascer aqui e aqui ficar, é nascer aqui e daqui sair, é ser daqui, sair e voltar, entre as ilhas, com Terra, Mar e Ar. A Alma dos Açores e dos Açorianos é Ser plenamente quem somos, na paz de sermos em cada pessoa, em cada momento. A Alma dos Açores e dos Açorianos é Saudade dos que já choram e não foram mais nas suas Potências, a Alma dos Açores e Açorianos é Ser no Sol da Saudade, entre a bruma do Sonhar, em gritos de dor e de alegria, a alma dos Açores e dos Açorianos é Ser em Alegria Trabalho e Festa, na Unidade do Espírito Santo, tão louvado e adorado, como Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. Essa é a Unidade Consubstancial, que vem dos Génesis, por isso, com Cristo temos “Nostalgia de Deus”. É Essa Saudade Divina e Humana, é essa Saudade Humano-Divino que nos faz Ser em Movimento, entre o azul do céu e do mar, e a terra da qual vem o verde e todas as cores dos frutos, frutos do trabalho, da honestidade e a vontade, sempre renovada, de nos superarmos e vencer. A Saudade é a Identidade dinâmica de Ser Açoriano, aqui, ou em quer parte do Mundo, em Amor, Dor e Alegria, na Diversidade e Unidade que somos e nos de Saudade, feita de inquietação, mas na Paz viva de Cristo. A Alma dos Açores e dos Açorianos é profundamente religiosa. Religião é religar, eis a nossa Bençâo a Saudade de Sermos diversos e unos. A Saudade é Alma dos Açorianos. A SAUDADE mostra O SENTIR DO LONGE NO DESEJO DE ESTAR PERTO, DE ESTAR JUNTO. O Sentimento de “matar saudades” regenera e revigora a Alma Açoriano, SENTIR SAUDADES DÁ VIDA MOVE A ALMA PARA A ESPERANÇA DE ESTARMOS JUNTOS. Quantas vezes não sentimos saudades de quem está próximo. SER E TER SAUDADES É AMOR. Amar é Cuidar, é desejar. Os Açorianos, e todos, em qualquer lugar desejam Ser e Ter Mais. O ESPÍRITO AÇORES MOVE-SE E O ESPÍRITO DOS AÇORIANOS têm Saudades de Paz numa Terra que nunca nos dá descanso, só alcançado pelo RELIGIOSIDADE, expressa nas ROMARIAS e nas FESTAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO.
A SAUDADE DOS AÇORIANOS chama a Luz que une TERRA, CÉU e MAR num Abraço de ENCONTROS, e DESENCONTROS, de Chegadas e Partidas. O Aeroporto é dito como um “não lugar” mas não é assim, no Aeroporto faz-se as mais profundas experiência de abraços de lágrimas à mistura com alegrias, lágrimas de alegria, lágrimas de Dor. Ser Açoriano é viver a Saudade na(s) Diáspora(s) que começam nos nossos Corações, dentro de nós, de Nós. A Saudade vive a intimidade do conhecimento, por saber, de ligação de um passado passado, de um presente presente, de um futuro por HAVER, a Maior Saudade é a do Futuro na Fé ou incerteza de chegar. Só Deus sabe o que é a Saudade quando fez tudo bem e bom e o Homem caiu, saiu do Paraíso. A Saudade é a busca do Sentido perdido no Tempo, original, e originante, é a Saudade do Regresso à nossa Casa, que mora em nós, na Saudade de Nós.
A SAUDADE diz-se bem no Dia dos Açores e no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. No Caminho há sempre os Açores como muitos centros e periferia, em transação, em interação, em mutação, em mudanças, permanência e (in)Certezas.
No seu Fundo Real e Metafísico, a Saudade, em Verdade, só se vê e sente à Luz da Fé e da Religião, à Luz de Cristo.
A Saudade já estava, antes, na Longa História de Portugal, do Povo Português, quando viu Nascer os Açorianos e o Povo Açoriano, O POVO DOS AÇORES, que É aqui, nesse imenso Mar, As nove Ilhas do Açores estão unidas e separadas, íntegras, no seu Ser feito de Terra, de Mar, de Céu. A Saudade é a Fome e Sede de Deus, na Transcendência de nós, em nós e para além de nós.
A Saudade é a Essência do Povo Açoriano na Exigência e persistência na sua Dignidade. Temos Saudade de Renascer na Afirmação da Nossa Autonomia, que, em termos etimológicos, é mais do que Liberdade, porque AUTONOMIA é dar lei a Si Mesmo. Temos Saudades que ser quem Somos, a (ainda) não Somos. Ser e ter em SAUDADE é afirmar a Nossa Luta e a Nossa Vitória. Temos Saudades do POVO QUE (AINDA) NÂO SOMOS, mas este não ser, é a SAUDADE Realizamos o Melhor de Nós como Pessoa, como Região, como Povo. Açores é a Maior Saudade de uma Promessa Maior que está inscrita no nosso Modo de Ser. Deixem-nos Ser, o Ser que somos em Pensamento, em Ação, na Máxima Potência do Logos que rompe e irrompe em cada dia, em cada NOVA AURORA. A SAUDADE DOS AÇORES E DOS AÇORIANOS É VOAR ALTO COMO A ÁGUIA, NA SABEDORIA DO AMOR, em projeto que se lança como o Mar bravo ou como o mar que beija as nossas praias. Em cada dia somos a Promessa de um Tempo, outro, que nasce e renasce na nossa Força de Ser, no Desígnio da Saudade de Desenvolvimento integral, para todos e para cada pessoa. Esta é a Saudade por que fazemos o “bom combate”, de S. Paulo, em Princípios, Causas e Valores. Somos dentro de nós a centelha divina, que exige uns Açores, de pessoas, a quem não falte, nunca tantos direitos negados. Somos os Açores por realizar, na sua Dinâmica Saudade de Ser.
A SAUDADE É A ALMA DOS AÇORIANOS E DOS AÇORES
A Alma dos Açores não é redutível à “Açorianidade”, a Alma dos Açores e dos Açorianos é a Saudade, que nos Projeta, nas Origens, para o Futuro, em dinamismos de Ser.
Ponta Delgada/S. Miguel/Açores, 11 de junho de 2024, 21 HORAS
AÇORES, NOSSOS
Os açores beneficiam em serem, de novo, um pouco mais “Ilhas Desconhecidas”. O Descobrimento dos Açores já neste primeiro quartel do século XXI pode levar a graves descaracterizações na Natureza, Única e Singular no Universo do Ser.
Raul Brandão: “Ilhas desconhecidas” e “Húmus” são livros de referência. Eram tão bom se nesta fase os Açores se tornassem “Ilhas Desconhecidas”, para se livrarem do turismo excessivo que pode pôr em causa a nossa Natureza e Integridade de Harmonia Homem-Natureza. Também as obras faraónicas, em ilhas tão frágeis, foi um erro. Não souberam conceber e concretizar um Desenvolvimento integral e íntegro. Se não se arrepiar caminho vamos ficar com estes nossos Açores gravemente descaracterizados e temos de apontar os dedos os políticos e entidades que não souberam ou não souberem conservar e preservar estes nossos Açores.
Os Açores beneficiam em serem, de novo, um pouco mais “Ilhas Desconhecidas” (Raúl Brandão). O Descobrimento dos Açores já no final deste primeiro quartel do século XXI pode levar a graves descaracterizações.
Emanuel Oliveira Medeiros *
Professor Doutor
Universidade dos Açores
Ponta Delgada, 11 de junho de 2024
*Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação.
Membro do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores