A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor, “Total” de Maio, situou-se nos 1,98%, crescendo 0,54 pontos percentuais em relação à taxa divulgada no mês anterior, revelou ontem o SREA.
A taxa homóloga a nível nacional foi de 3,06%.
Os preços dos bens alimentares e dos restaurantes e hotéis foram os principais responsáveis pelo aumento da taxa de inflação.
Por sua vez, a taxa de variação média dos últimos doze meses, terminados em Maio, do Índice de Preços no Consumidor, “Total”, desceu para 2,68%.
As maiores variações médias positivas verificaram-se nas classes “Restaurantes e hotéis” (6,93%), “Produtos alimentares e bebidas alcoólicas” (6,17%), “Comunicações” (5,18%) e “Saúde” (3,30%).
Em sentido contrário, a classe que apresentou maior variação média negativa foi a do “Vestuário e calçado” (-2,42%).
A taxa de variação média dos últimos doze meses nacional foi de 2,56%.
A taxa mensal do índice de maio, “Total”, foi de -0,04%, descendo 0,66 pontos percentuais em relação ao mês de anterior.
A classe “Restaurantes e hotéis”, com 2,14%, foi a que mais se realçou no sentido da alta, enquanto no sentido da baixa foi a classe “Produtos alimentares e bebidas alcoólicas”, com -1,33%.
A taxa mensal a nível nacional foi de 0,17%.
Fim do IVA zero
e hotéis
O aumento da taxa nacional representa uma aceleração de quase um ponto percentual face ao ritmo da subida de preços registado no mês anterior.
Desde Setembro de 2023 que a inflação em Portugal não superava os 3%.
A tendência é, sobretudo, explicada pela entrada em vigor do “IVA zero” em meados de Abril do ano passado, que isentou de imposto vários produtos alimentares essenciais, provocando um efeito de base.
O INE também atribui o aumento generalizado dos preços à “aceleração dos preços dos hotéis”, ainda que “em menor grau”.