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José Luís Vale: um exemplo do potencial dos empreendedores da diáspora

“Conhecido por cultivar a simplicidade e humildade, assim como os valores da família e a firmeza da amizade, o empresário no ramo da soldagem na construção civil nos EUA, mantém uma estreita ligação ao torrão natal.”

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.
Atualmente, segundo dados dos últimos censos americanos, residem nos EUA mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, principalmente concentrados na Califórnia, Massachusetts, Rhode Island e Nova Jérsia. A grande maioria da população luso-americana trabalha por conta de outrem, na indústria, mas são já muitos os que trabalham nos serviços ou se destacam na área científica, no ensino, nas artes, nas profissões liberais e nas atividades políticas.
No seio da numerosa comunidade lusa nos EUA, onde proliferam centenas de associações recreativas e culturais, clubes desportivos e sociais, fundações para a educação, bibliotecas, grupos de teatro, bandas filarmónicas, ranchos folclóricos, casas regionais e sociedades de beneficência e religiosas, destacam-se percursos de vida de vários compatriotas que alcançaram o sonho americano (“the American dream”).
Entre as várias trajetórias de portugueses que se distinguem pelo papel empreendedor e inovador no contexto da sociedade norte-americana, e que constituem simultaneamente um ativo estratégico na promoção internacional e de investimento económico em Portugal, destaca-se o percurso inspirador de José Luís Vale, um reconhecido empresário na área da construção civil em Nova Jérsia.
Natural de Casal dos Crespos, freguesia de Nossa Senhora da Piedade, concelho de Ourém, José Luís Vale emigrou para os Estados Unidos na década de 1980, na esteira de milhares de compatriotas à procura de melhores condições de vida.
A chegada ao território americano, onde, entretanto casou e constituiu família, vincou um percurso de vida forjado no trabalho, esforço e resiliência, premissas que impeliram o antigo serralheiro oureense a fundar a Metro Welding Service INC, uma empresa sediada em Nova Jérsia, que fornece soluções de soldagem de alta qualidade a clientes residenciais e comerciais.
Conhecido por cultivar a simplicidade e humildade, assim como os valores da família e a firmeza da amizade, o empresário no ramo da soldagem na construção civil nos EUA, mantém uma estreita ligação ao torrão natal. Manifesta, por exemplo, ao longo dos últimos anos, na dinamização de várias iniciativas de apoio aos Bombeiros Voluntários de Ourém, uma centenária corporação do Médio Tejo, da qual José Luís Vale é um dos seus principais beneméritos.
A ligação ao torrão natal ficou recentemente ainda mais estreitada através da inauguração, no passado domingo (16 de junho), do “Miradouro do Vale Apartamentos”, uma nova unidade hoteleira em Fátima, que reforça a capacidade hoteleira instalada no local de peregrinação mais visitado em Portugal.
Localizado no centro de Fátima, nas imediações do Santuário de Fátima, o empreendimento hoteleiro, constituído por 18 apartamentos autossuficientes na modalidade de T1 (Quarto + WC + Cozinha/Sala de Estar), assente na qualidade e bom gosto dos detalhes e acomodações, representa um investimento de mais de 2 milhões de euros. Assim como, um exemplo paradigmático do potencial dos empreendedores da diáspora, que através de uma forte ligação aos seus territórios de origem, investem no desenvolvimento de Portugal.
O espírito arrojado luso-americano e o profundo apego às raízes de José Luís Vale, materializado agora, nas palavras do mesmo no decurso da inauguração da unidade hoteleira, num “sonho realizado”, robustece a visão ainda e sempre atual de Eça de Queiróz: a “Emigração como Força Civilizadora”.

Daniel Bastos

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