As despesas com arrendamento fictício nos Açores atingem um dos valores mais altos do país (27,1%), seguindo-se nas despesas das famílias os produtos alimentares.
Segundo revela o INE, no Inquérito às Despesas das Famílias, analisando as classes de despesa da divisão 04 (Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis), e para além da componente relativa às rendas subjetivas (27,4% da despesa média total) anteriormente referida, as rendas efetivas, que correspondem aos valores reportados pelos arrendatários, registavam uma despesa de 818 euros, ou seja, 3,4% da despesa média das famílias.
Esta componente representava 4,7% da despesa das famílias residentes na Área Metropolitana de Lisboa.
As despesas com eletricidade, gás e outros combustíveis assumiam um peso de 4,9% no total da despesa média por agregado residente no país (1 168 euros).
As despesas em abastecimento de água e serviços diversos relacionados com a habitação perfaziam 2,3% da despesa total (548 euros em média por ano) e as despesas em manutenção, reparação e segurança das habitações correspondiam a 1,3% da despesa total (317 euros em média por ano).
As despesas com serviços de fornecimento de produtos alimentares e bebidas e com a utilização de equipamento de transporte pessoal registavam, respetivamente, 7,8% e 7,5% da despesa média anual das famílias residentes em Portugal.
O primeiro grupo registava um valor relativo mais elevado no Algarve (com 9,9%) e o segundo no Centro (com 8,8%).
Na Região Autónoma dos Açores, o peso das despesas efetuadas em serviços de fornecimento de produtos alimentares e bebidas (4,5%) era bastante inferior à média do país para este tipo de despesas (7,8%).
As despesas com produtos alimentares (excluindo bebidas) constituíam o segundo grupo mais importante, com 12,0% do total das despesas em Portugal, e pesos relativos entre 10,3% na Área Metropolitana de Lisboa e 13,9% na região do Alentejo, conclui o inquérito do INE.