O Grupo Aeroporto do Pico (GAPix) anunciou ontem que “aguarda a qualquer momento a conclusão do estudo prévio final para extensão da pista do Aeroporto do Pico (adjudicado em abril de 2023), bem como a divulgação das suas conclusões”.
Num longo comunicado enviado ontem aos jornais, o referido grupo picoense recorda que “no passado mês de março, a Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas (Dra. Berta Cabral) justificou o atraso com a deteção de “obstáculos pela empresa que está a realizar o estudo”, sem que no entanto tenha desenvolvido o tema, mas adiantando novidades para o final do primeiro semestre de 2024. Esse novo prazo terminou há alguns dias”.
O GAPix entende que “a gateway da ilha do Pico ainda não alcançou todo o seu potencial de atratividade para as diferentes companhias aéreas, não por inexistência de procura pelo destino Pico, mas sim devido a condicionalismos ao nível da operacionalidade dos aviões, os quais tornam este aeroporto não só menos atrativo, mas também mais propenso a que existam cancelamentos de voos”.
Com base no conhecimento adquirido e partilhado pelo GAPix ao longo dos últimos anos, “conclui-se objetivamente que será uma mais valia aumentar o comprimento da pista de forma assegurar a operação sem limitações de “payload” para as aeronaves das famílias Airbus A320 e Boeing 737 — designadamente, uma extensão da pista de modo a obter um comprimento de pista à descolagem (TORA) de 2.345 metros, mais cerca de 700 metros do que a pista atual”.
O Grupo do Pico lembra que o documento do parecer da DOV/SGA “comprova que a ampliação da pista do Aeroporto do Pico em 700 metros permite que toda a frota da SATA possa operar sem limitações (incluindo os A321neo), é sugerida uma forma de mitigar obstáculos do terreno, é indicada claramente que é urgente a implementação de aproximação por instrumentos por RNP para (pelo menos) a pista 09 (em curso, como referimos). Não menos importante, o parecer do Grupo SATA (DOV e SGA) realça que a ANAC deve ser envolvida o mais rapidamente possível no processo, pois antevê-se “um tempo de análise e de aprovação com longevidade significativa”. O GAPix “aguarda também a declaração da zona de ampliação da pista como zona de utilidade pública, permitindo a expropriação desses terrenos, mesmo tendo usufruído dos apoios do VITIS, caindo os prazos mínimos para se manter as vinhas, que correspondem a apenas 1% do total de área classificada de 1000 ha. Após o término do estudo prévio final da ampliação da pista poderá então ser enviado um estudo patrimonial justificativo à UNESCO, a aferir que a ampliação da pista não tem impacto na classificação da Paisagem da Vinha e do Vinho.