Os proveitos totais da hotelaria açoriana, de Janeiro a Junho deste ano, já totalizaram 86,7 milhões de euros, um aumento de 17,8 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
É uma boa notícia para o turismo açoriano, já que, a nível nacional, o crescimento dos proveitos totais abrandou em Junho (+12,7%, após +15,3% em maio), atingindo 698,0 milhões de euros.
A Grande Lisboa continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,3% dos proveitos totais e 30,9% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (29,2% e 28,3%, respectivamente) e do Norte (15,2% e 15,6%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Alentejo (+22,0% nos proveitos totais e +16,2% nos de aposento), na RA Açores (+19,4% e +21,1%, respectivamente) e na Península de Setúbal (+18,1% e +18,6%, pela mesma ordem).
Açores com os maiores
crescimentos de RevPAR
e de ADR
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 85,0 euros em Junho, registando um aumento de 9,4% (+12,1% em maio).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (133,5 euros), seguindo-se o Algarve com 96,7 euros.
Os maiores crescimentos ocorreram na RA Açores(+17,2%) e na Península de Setúbal (+16,0%), enquanto os menos expressivos se verificaram no Norte (+3,8%) e Oeste e Vale do Tejo (+6,2%).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 132,0 euros (+8,0%, após +8,8% em maio).
A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (170,9 euros), seguida do Algarve (139,8 euros) e da RA Açores (128,4 euros).
Este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem na RA Açores (+13,4%) e na RA Madeira (+13,3%).
Em junho, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,9% na hotelaria (+9,1% em Maio), +8,8% no alojamento local (+7,9% em Maio) e +10,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,1% em Maio).
No 1º semestre de 2024, o RevPAR atingiu 58,6 euros (+7,4%) e o ADR 108,9 euros (+7,6%).
A Grande Lisboa registou os valores mais elevados de RevPAR e ADR neste período (98,5 euros e 143,4 euros), seguindo-se a RA Madeira (74,4 euros), em termos de RevPAR, e o Alentejo (104,5 euros) e o Norte (101,1 euros), em termos de ADR.
Os maiores aumentos do RevPAR foram atingidos na Península de Setúbal (12,6%), na RA Açores (+12,0%) e no Oeste e Vale do Tejo (+11,1%), tendo os crescimentos mais modestos sido registados no Norte (+4,6%) e no Centro (+5,0%).
A RA Madeira registou os maiores crescimentos de ADR (+10,9%), seguindo-se a Península de Setúbal (+9,8%), a Grande Lisboa (+9,0%) e a RA Açores (+8,9%).
Ponta Delgada no Top 10
das dormidas
Do total de 7,8 milhões de dormidas (+4,8%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,0% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em Junho.
Ponta Delgada está em nono lugar no crescimento das dormidas.
O município de Lisboa concentrou 18,0% do total de dormidas, atingindo 1,4 milhões (+4,6%, após +5,3% em Maio).
As dormidas de residentes aumentaram 7,4% e as de não residentes cresceram 4,1%.
Este município concentrou 21,7% do total de dormidas de não residentes em Junho. Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (912,7 mil dormidas, peso de 11,7%), aumentando 2,1% (+3,9% em maio).
As dormidas de residentes cresceram 2,6%, superando o ritmo de crescimento dos não residentes (+2,0%).
No Porto, as dormidas totalizaram 576,1 mil (7,4% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,3% (+8,7% em maio), com o contributo das dormidas de não residentes (+7,9%), dado que as de residentes decresceram 2,3%.
O Funchal (548,4 mil dormidas, peso de 7,0%) apresentou um crescimento de 3,4% (+5,0% em maio), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+6,9%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 16,5%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em Junho, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.
Entre os 10 principais municípios, Portimão destacou-se com o maior crescimento (+13,4%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+8,0%) e, sobretudo, as de não residentes (+15,4%).
Face aos crescimentos das dormidas registados em Portugal, em Junho de 2024 destacaram-se, entre os principais, os municípios de Portimão, Ponta Delgada, Porto, Funchal e Loulé, em termos de dormidas de não residentes.
P. Delgada menor dependente dos mercados externos
No 1º semestre, o município de Lagos foi, entre os principais, aquele em que se registou maior dependência dos mercados externos(89,7%), seguindo-se o Funchal (87,4%) e Lisboa (85,7%).
Em sentido contrário, foi em Ponta Delgada que esta dependência foi menor (59,6%).
De realçar ainda que os restantes municípios apresentaram, no seu conjunto, uma dependência dos mercados externos (52,3%) inferior a qualquer um destes 10 municípios e inferior à média nacional (71,7%).
Os Estados Unidos (9,2% do total de dormidas de não residentes) ficaram na primeira posição em Ponta Delgada (18,2%), em Lisboa (16,3%) e no Porto (14,3%). O Reino Unido foi o principal mercado emissor no 1º semestre, representando 18,4% do total de dormidas de não residentes neste período.