O social-democrata e antigo presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Álvaro Monjardino, faleceu na passada Sexta-feira aos 93 anos, na ilha Terceira.
Nota de pesar de José Manuel Bolieiro, Presidente do Governo Regional dos Açores
O Governo Regional dos Açores, através do Presidente, José Manuel Bolieiro, expressa profundo pesar pelo falecimento de Álvaro Monjardino, “uma figura incontornável na história da Região e um defensor incansável da Autonomia Açoriana”.
Nascido a 6 de Outubro de 1930, na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Álvaro Monjardino dedicou a sua vida à causa pública, deixando um importante legado para a afirmação da democracia e autonomia dos Açores.
Licenciado em Direito, com especialização em Ciências Jurídicas, Monjardino destacou-se pela sua inteligência e compromisso com os valores democráticos. Como Deputado à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, representando os círculos eleitorais da Graciosa e da Terceira nas I, II e III Legislaturas, teve uma participação activa e influente em diversas Comissões Parlamentares, contribuindo significativamente para o progresso político, económico e social dos Açores. A sua dedicação à causa pública foi constante, sempre orientada por um profundo sentido de responsabilidade e pelo desejo de ver a Região prosperar.
Nos períodos de 1976 a 1978 e de 1979 a 1984, enquanto Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Monjardino desempenhou um papel crucial na consolidação da autonomia regional, uma das suas grandes paixões. A sua postura foi marcada por uma visão clara do futuro dos Açores e por uma defesa intransigente dos direitos e interesses dos açorianos.
Para além do seu trabalho político, Álvaro Monjardino deixou um legado intelectual significativo através das suas obras, como “A Quinta Região” e “Problemas de Educação numa Região Insular”, que continuam a inspirar reflexões sobre os desafios das regiões insulares.
José Manuel Bolieiro sublinha que o exemplo de vida pública de Álvaro Monjardino é “uma referência para todos os que servem os Açores”.
“A sua dedicação, integridade e compromisso com o bem comum são virtudes que continuarão a inspirar gerações futuras”, frisa o governante.
Em nome do Governo dos Açores, o Presidente expressa as mais sentidas condolências à família e amigos de Álvaro Monjardino, afirmando que a sua memória permanecerá viva na história dos Açores e no coração de todos os que partilham a paixão pela nossa terra.
Marcelo Rebelo de Sousa evoca Álvaro Monjardino
Numa nota tornada pública na página da Presidência da República, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evocou a morte de Álvaro Monjardino.
“É com profundo pesar que o Presidente da República evoca Álvaro Monjardino e apresenta à sua família e amigos as mais sentidas condolências.”
O Presidente recorda “a sentida homenagem a que presidiu, realizada em 2021, no âmbito das comemorações dos 45 anos da Autonomia dos Açores, com a inauguração da Biblioteca Álvaro Monjardino, na Horta, Ilha do Faial.”
E, na mesma nota, “manifesta a gratidão nacional pelo papel histórico que Álvaro Monjardino desempenhou, desde os anos 70 e até ao século XXI, ao serviço do povo açoriano e de Portugal.”