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Bloco preocupado com impactos na saúde provocados pela demora na reabertura de serviços no HDES

O Bloco de Esquerda está preocupado com os impactos concretos provocados pela demora na reabertura de serviços do Hospital de Ponta Delgada e critica a falta de explicações do governo.
António Lima, que reuniu com a Ordem dos Médicos, destacou o adiamento de cirurgias, que terá “um impacto muito sério na saúde e na vida das pessoas”.
“Estamos muito preocupados com a demora na reabertura de muitos serviços do hospital”,
O deputado do Bloco lembrou que actualmente estão a ser realizadas apenas cirurgias prioritárias, e que todas as restantes, que não estão a ser realizadas agora, “passarão a ser urgentes e terão impacto sério na saúde e na vida das pessoas que estão à espera”.
Por isso António Lima considera ser fundamental conhecer os números de toda a actividade adiada “e reabrir o máximo de serviços o mais rapidamente possível”.
Em relação ao hospital modular, o deputado do Bloco criticou o presidente do governo regional por ter anunciado “uma coisa em Julho” e concretizar agora “outra totalmente diferente”.
Isto porque o serviço de urgência que abriu é apenas para situações não urgentes, e só estará a funcionar em pleno daqui a alguns meses. “O que a população esperava era um serviço de urgência em pleno funcionamento”, concluiu António Lima.
Sobre as opções tomadas após o incêndio no HDES, o Bloco tem ainda muitas dúvidas e lamenta a falta de explicações do governo: “Temos dificuldade em perceber o porquê de muitos serviços do hospital não reabrirem totalmente. Sabemos que é um processo demorado, mas faltam explicações”.
Recorde-se que o Bloco enviou um requerimento ao governo com várias perguntas sobre este assunto, mas apesar de já ter terminado o prazo legal para o efeito, o governo continua sem enviar as respostas.
Além dos problemas com o Hospital de Ponta Delgada, o Bloco está também muito preocupado com os problemas financeiros, a falta de investimento e a saída de médicos do Serviço Regional de Saúde.
António Lima referiu que só o ano passado saíram 16 médicos especialistas do HDES, e que no Hospital da Terceira existem 46 médicos tarefeiros e apenas 107 médicos especialistas no quadro.
O HSEIT “está cada vez mais dependente de médicos que não são do quadro, o que é muito mais caro”: em apenas um ano, o hospital da Terceira fez mais de 90 contratos por ajuste directo com médicos tarefeiros, no valor de vários milhões de euros.
“Este dinheiro devia ser destinado a dar verdadeiros incentivos à fixação de médicos na Região, para que, num contexto em que há poucos médicos no país, os Açores conseguissem garantir a presença de profissionais para dar resposta às necessidades das pessoas”, salientou António Lima.
E ficou-se também a saber-se da situação financeira insustentável em que o governo da coligação está a deixar o Serviço Regional, deixando as Unidades de Saúde de Ilha com um passivo que já atinge os 50 milhões de euros.
“Afinal, o Governo não pagou às Unidades de Saúde de Ilha aquilo que disse que tinha pago, em 2023”, assinalou António Lima.
“Este caminho de insustentabilidade do Serviço Regional de Saúde tem consequências na saúde das pessoas, tem consequências nas infra-estruturas, como vimos no incêndio no HDES, fruto de muitos anos de desinvestimento, e tem consequências financeiras”, disse o deputado, que acrescentou que “este é um caminho que beneficia interesses privados e empurra as pessoas para os serviços de saúde privado”.

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