O Bloco de Esquerda levou ao parlamento um voto de protesto contra o encerramento das lojas da SATA em todas as ilhas dos Açores, uma decisão que, segundo o BE, foi “precipitada e irrefletida e tomada sem que houvesse um diálogo com os vários intervenientes que permitisse encontrar soluções viáveis e benéficas para a empresa e para os clientes”.
IL e CH votaram ao lado dos partidos do governo – PSD, CDS e PPM – e rejeitaram o voto de protesto apresentado pelo Bloco.
“É lamentável que a SATA tenha tomado uma decisão precipitada e irrefletida em vez de procurar um diálogo com todas as entidades envolvidas que permitisse encontrar soluções viáveis e benéficas simultaneamente para a companhia aérea e para os seus clientes”, assinalou o deputado António Lima.
PSD, IL e CH defenderam, no debate, que o parlamento não devia tomar posição sobre a decisão do conselho de administração da SATA.
Mas António Lima lembrou que estes três partidos votaram a favor de uma proposta do CH que recomendava ao governo a intervenção junto dos CTT – uma empresa privada – contra o encerramento de lojas nos Açores.
O deputado do Chega, Francisco Lima, indicou que “se queremos a privatização da Azores Airlines e queremos uma gestão profissional e não política, não podemos depois criticar um acto de gestão profissional”.
O parlamentar explicou que haverá a necessidade de acautelar “determinadas zonas e ilhas que ficam mais desprotegidas”, no entanto, “é absurdo andarmos a sustentar o que é insustentável”.
Francisco Lima incitou o Bloco de Esquerda a “provar que a decisão de encerrar as lojas físicas da SATA foi uma posição política”, indicando que não se pode criticar “um acto de gestão profissional, quando a SATA – que tem dado milhões de euros de prejuízos – está a tentar cortar nos excedentes”.