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Altas capacidades: como manter a chama acesa?

A paixão é um dos motores mais poderosos para uma plena realização do Homem. Esta transcende o mero interesse e impulsiona o indivíduo a perseguir os seus objetivos com dedicação e determinação. Tendo por base esta premissa, imagine um jovem com altas capacidades, comummente designado de sobredotado, com potencial acima da média e uma paixão feroz pela aprendizagem. Imagine que este jovem está destinado a frequentar uma escola em que as suas aprendizagens devem ocorrer dentro do ritmo e programa curricular semelhante ao dos seus pares. Por último, é junto destes pares que irá procurar validação e reconhecimento, não só das suas capacidades, como dos seus interesses.
E a paixão, essa força que os impulsiona a abraçar desafios aparentemente insuperáveis e a encontrar respostas inovadoras para os problemas mais complexos, qual o lugar que lhe é reservada num cenário que se quer de plena inclusão? Neste contexto, este jovem com altas capacidades, constitui-se como um desafio que, a não ser bem-sucedido, pode vir a transformá-lo num jovem com altas INcapacidades. É uma falácia considerarmos que as altas capacidades, per se, são garantia de um pleno desenvolvimento do potencial nas diversas áreas de realização. Paradoxalmente, alguns alunos com características de sobredotação em termos cognitivos apresentam problemas na aprendizagem e fracos resultados académicos.
É primordial que a escola e a sociedade saibam criar condições favoráveis, reconhecendo a singularidade e a especificidade destes jovens. A paixão que nos impele a realizarmos o nosso pleno potencial é, para estes jovens, um fator que deve ser preservado a todo custo; é o combustível de competências que, reconhecidas pela sua execionalidade, são esquecidas na sua fragilidade!
Saibamos manter a chama acesa para que possamos preservar a paixão de jovens que na sua singularidade, marcam a diferença!
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos.
Um conselho da Direção Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Sandra de Melo*

  • Coordenadora do SPO da Escola Secundária de Ribeira Grande
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