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O plástico e os seres humanos

A Saude e a Doença não são antónimos. São parceiras no jogo da Vida e da sua qualidade quando nos focamos na individualidade.
Tudo interfere neste binómio tão mal-entendido na intimidade dos corpos e na tarefa dos autocuidados.
A situação ganha proporções inimagináveis, quando pensamos no coletivo e nas comunidades.
Há muito séculos, anteriormente ao grande sábio e médico Hipócrates, já se sabia que o ser humano sofria influências do meio ambiente, do ar, da água, do solo terrestre e da ambiência (os seus relacionamentos interpessoais).
Somos o resultado daquilo que vivemos. As nossas crenças, a nossa alimentação, a nossa consciência, os nossos relacionamentos, o nosso trabalho, o nosso contacto com a natureza e a nossa exposição ao sol, ao mar e ao ar a que nos deixamos expor interferem no binómio Saúde e Doença.
No século passado, um grande médico alemão de nome Hans-Heinrich Reckeweg, após a segunda guerra mundial, observou que as pessoas mais intoxicadas demoravam um pouco mais para se recuperarem dos traumas sofridos. Com uma mente genial e muita dedicação desenvolveu um Método completo chamado Medicina Biorregulatória. Tenho a honra de ser a segunda geração dos seus alunos no começo deste século e estes conhecimentos médicos proporcionaram-me capacidade para entender cada vez mais o que observamos nos tempos atuais.
Vivemos uma era de grande toxicidade planetária e individual. Com tantos conhecimentos científicos disponíveis, ainda não conseguimos agir de maneira a sermos saudáveis e felizes em plenitude para que o nosso corpo consiga viver a sua missão maior. O que é que vemos à nossa volta? Muitas doenças, algumas que eram raras tornam-se comuns, um ambiente climático desorganizado e que nos surpreende todos os dias, e alterações emocionais difíceis de serem controladas mesmo com os mais novos e potentes medicamentos químicos.
O Professor Reckeweg diria, se aqui estivesse, que todos estamos intoxicados e reagimos todos os dias aos “in put” destas toxinas.
Ao dar aulas na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, em 2015 num curso de Pós-Graduação, identifiquei mais de mil toxinas com as quais contactamos todos os dias. A Comunidade Europeia já classificou mais de 6 mil toxinas que influenciam o meio ambiente e afetam toda a natureza viva: homens, animais, plantas, água, solo e ar.
Mesmo assim, a informação circula numa esfera restrita e nada é feito de concreto a nível preventivo e até curativo, substituindo as toxinas por substâncias menos nocivas.
Estamos a falar de agrotóxicos, substâncias xenobióticas que competem com os hormónios naturais internos.
Também há a toxicidade dos minerais tóxicos: mercúrio, cadmio, chumbo, cobre, alumínio, e muitos outros. Ver especificações nas páginas 56 e 57 do meu livro “Cancro Infantil, uma visão da Pediatria Integrativa” Edições Mahatma, 2020.
Talvez a maior solução esteja nas mãos de cidadãos comuns e envolvidos na ação do cuidar do seu “Projeto Saúde”.
Assim penso e é por este motivo que tenho estado a palestrar nos mais diversos ambientes, neste Planeta Terra, informando ao leigo sobre a situação real que vivemos atualmente.
Nos últimos 4 anos não nos faltam trabalhos científicos sobre a influência dos plásticos nos corpos vivos. Precisamos informar que ao reagir, quando microplásticos entram em contacto connosco, podemos desenvolver desde sintomas inespecíficos de um stress oxidativo agudo ou persistente, como dor abdominal, enxaquecas, até doenças crónicas, doenças auto imunes, envelhecimento precoce e o cancro.
Foram encontradas nanopartículas de plásticos no leite materno, nas fezes (mecónio) de recém-nascidos, no cordão umbilical, na placenta humana.
Há pesquisas recentes em laboratório onde foram encontradas nanopartículas de plásticos em placas de arteriosclerose. Há evidências que podem causar puberdade precoce, doenças neurológicas, endócrinas, respiratórias, digestivas, arritmias e injúrias cardíacas.
Ao abordar a interação entre os plásticos e os seres humanos, é importante considerar o impacto significativo que os plásticos têm nas nossas vidas diárias, ao mesmo tempo que levantamos preocupações relativamente aos efeitos adversos que podem ter na saúde humana e no meio ambiente.
Não há como fugir da questão! É preciso levar a informação até aos leigos. A crescente onda de consciencialização sobre a poluição plástica e a busca por alternativas sustentáveis destacam a necessidade de repensar a nossa relação com os plásticos.
A discussão sobre plásticos e seres humanos muitas vezes gira em torno dos efeitos negativos (muitos, como destaquei acima) dos plásticos descartados no meio ambiente, especialmente nos oceanos, e como isso pode impactar a saúde humana através da contaminação de recursos naturais, da ingestão de alimentos contaminados e da exposição a produtos químicos prejudiciais. Ao mesmo tempo, os benefícios dos plásticos em diversas aplicações, como na medicina, na tecnologia e na indústria, devem ser considerados.
Sabemos que os plásticos que usamos demoram 400 anos para se degradarem no meio ambiente.
Uma abordagem inovadora para este tema poderia envolver a criação de materiais plásticos biodegradáveis de origens incomuns, como subprodutos de processos industriais, para reduzir a dependência dos plásticos convencionais.
A educação para a reciclagem e para o uso muito moderado dos plásticos que aí estão seria uma alternativa imediata. Além disso, a promoção de campanhas de consciencialização que destacam a importância da reciclagem e do descarte responsável de plásticos poderia estimular mudanças de comportamento e reduzir o impacto negativo na saúde humana e no meio ambiente.
Portanto, ao explorar os plásticos e a sua influência nos seres humanos e no meio ambiente é essencial abordar tanto os aspetos negativos quanto as oportunidades de inovação e consciencialização para promover um futuro mais sustentável e saudável para todos.
No ambiente da Medicina, a melhor alternativa é a Medicina Bioregulatória by Dr. Reckeweg, que pratica a desintoxicação com medicamentos ultra diluídos e um planeamento individual de desintoxicação, estilo de vida e suplementação focado na individualidade.
Continuaremos nesta missão teórica e prática, visualizando todos de mãos dadas, em todos os continentes, com um estilo de vida mais saudável e num ambiente fraterno, melhorando assim a nossa casa e os nossos dias de vida.
Venha conosco!

Carmela Pedalino *

  • Médica, Escritora, Professora e Palestrante internacional; Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Pediatria Integrativa ISBRAE; Pediatra (SBP); Homeopata (AMB) com Pós-Graduações em: Medicina Biológica (ISOHH/Alemanha) Prática de Terapia Ortomolecular (FAPES) Nutrologia (ABRAN) Gev-med (FGV) National Spiker (ISOHH)

O autor deste artigo será um dos 11 palestrantes presentes no 1º Congresso “Caminhos Para a Longevidade Saudável” que terá lugar dia 26 de outubro das 9h às 20h no Centro de Estudos Natália Correia – Fajã de Baixo.
Simultaneamente, decorre no mesmo local uma Feira do Livro, onde estarão disponíveis todas as obras dos palestrantes e outras de especial relevo na área da saúde física, mental, emocional e espiritual.
As inscrições para assistir a este Congresso decorrem na Casa do Povo da Fajã de Baixo com a Dra Cândida Pacheco.
Contactos: 296 630 320 / 924 186 217

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