O parlamento açoriano aprovou uma proposta do Chega que recomenda ao Governo que adopte medidas eficazes no combate à fraude da atribuição do RSI, do subsídio de desemprego e do subsídio de doença.
O Projecto de Resolução foi aprovado com os votos a favor do Chega, PSD, CDS, PPM, e IL, abstenção do PAN, e votos contra do PS e do BE.
“Quem aprovou este diploma está do lado da verdade, quem não aprovou, não está do lado da verdade”, disse o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, que referiu que este diploma é a resposta ao que pedem os açorianos, que pagam impostos e trabalham.
Para o Chega, este diploma vai “corrigir injustiças e os erros” que levaram os Açores à situação que se sente actualmente: “hoje sentimos a falta de mão-de-obra, sentimos a falta daqueles que estão empregados, mas estão de baixa. O Chega volta a assumir que temos de acabar com o RSI. Não podemos ter um programa de apoio social que acaba por cavar um fosso entre quem trabalha e quem não quer trabalhar e que, muitos, já vão na terceira geração”.
José Pacheco reconheceu que há pessoas que precisam e que têm de estar protegidas, “mas não os podemos pôr no mesmo saco daqueles que não querem trabalhar”, garantindo que quem mais precisa vai continuar a ser apoiado.
“Não podemos pagar agendas de pessoas que acham que o mundo tem de ser cor-de-rosa, que podem estar em casa e tem de ser o Estado a pagar. O Estado somos todos nós, aqueles que pagam muitos impostos e que trabalham”, reforçou o parlamentar que acrescentou que “não podemos aceitar uma sociedade em que todos querem ser patrões, mesmo sem ter competências”.
O diploma, agora aprovado, também pede mais fiscalização em relação às baixas médicas fraudulentas.
“Como é possível um médico passar uma baixa psicológica por telefone? A Ordem dos Médicos diz que não tem denúncias. Esta não é desculpa e a Ordem também tem de ser pro-activa e fiscalizar os seus pares. Não pode haver continuamente baixas psiquiátricas passadas por telefone”, indicou José Pacheco.
Para o Chega, é urgente “endireitar a nossa sociedade e criar o equilíbrio. Esta terra não foi feita por malandragem, foi feita à força de trabalho”, concluiu José Pacheco.