A Câmara Municipal reivindica um aumento do efectivo para a PSP de Ponta Delgada e a aprovação do pedido de instalação do sistema de videovigilância como medidas importantes para aumentar o sentimento de segurança e reduzir os focos de criminalidade.
“Demos nota ao anterior Ministro da Administração Interna, mediante carta por mim subscrita, da necessidade de reforço urgente de 75 agentes da PSP para colocação imediata nas diversas esquadras do concelho de Ponta Delgada. Tive a oportunidade de reunir com a actual Ministra da Administra Interna, em Agosto, onde voltei a solicitar o reforço de meios da PSP para Ponta Delgada. A instalação do sistema de videovigilância, que depende da autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados, também vai contribuir para aumentar a segurança”, informou Pedro Nascimento Cabral, Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, durante uma reunião com a população da freguesia de São Sebastião para debater questões relacionadas com a segurança pública.
O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada anunciou que reforçou o Departamento da Polícia Municipal, ontem, com 13 novos agentes, aumentando em 55% o seu número de efectivos.
“Dentro daquela que é a sua esfera de competências, trata-se da acção possível por parte da autarquia em matéria de dissuasão do crime. Agora, é importante referir que a Polícia Municipal não tem competências legais para investigar crimes”, frisou.
Do leque de políticas municipais já em curso, Pedro Nascimento Cabral destacou que a autarquia implementou, de forma pioneira na Região, o modelo Housing First e que vai criar três novas valências para pessoas em situação de sem-abrigo, em articulação com o Governo dos Açores.
Salientou ainda que, este ano, a autarquia destinou uma verba recorde de 4 milhões de euros para a área social e, simultaneamente, aumentou em cerca de 60% as transferências para IPSS de Ponta Delgada, também como forma de intervir sobre contextos de dependência e exclusão social no concelho.
Pedro Nascimento Cabral voltou a partilhar a convicção de que é fundamental a criação de respostas sociais dispersas territorialmente na ilha de São Miguel, promovendo uma reintegração social mais eficaz.
“Nós temos aqui, em Ponta Delgada, cerca de 50% de sem-abrigo que não são naturais do concelho. O anterior Governo dos Açores promoveu a concentração de respostas sociais em Ponta Delgada. Considero importante criar respostas sociais em outros concelhos”, referiu.
Não obstante, garantiu, o Município de Ponta Delgada continuará a dar “passos seguros e firmes” para devolver a dignidade a estas pessoas, mantendo ainda em marcha os programas de inclusão social como são os da Casa dos Manaias, o Emergir e o Bairro Solidário de Santo António.
“Nós não vamos desistir das pessoas, nem daquelas que estão na rua, nem daquelas que dormem no conforto das suas casas. Como bem disse o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, há que prezar pelo valor da liberdade, sendo que isso é válido para qualquer ser humano, independentemente do contexto em que se encontre”, concretizou.