Ironia das ironias, um avião de cem milhões de euros (Airbus A321neo, CS-TJR,) esteve, quase uma semana, parado no aeroporto de PDL por se terem extraviado, dentro do compartimento de carga do mesmo, mais de 130 “hamsters” (in)devidamente enjaulados e que se puseram em fuga para aproveitar a nova campanha turística dos Açores.
Já há quem pense aproveitar a ideia para se desenvencilhar da SATA sem ter de esperar pela enésima tentativa de privatização.
Há muito que a TAP era acusada de perder deliberadamente as bagagens dos seus passageiros, mas perder hamsters desta forma, parece ser a primeira vez.
Esperamos que estejam cobertos pelo seguro.
Passados quatro dias, não se sabia ainda quanto tempo mais ia ser necessário para que a aeronave possa voltar a sulcar os ares e tampouco se sabia quem vai suportar os milhares de euros de prejuízos em que a TAP incorre por tê-la estacionada em Ponta Delgada.
Consta que já surgiram propostas para ser rodado um filme dedicado ao tema:
Chegaram a anunciar a vinda de especialistas da secreta israelita (Mossad) para apanhar os evadidos, por seu turno Trump não se mostrou disposto a ceder pessoal, dizendo que os países europeus tinham de se equipar e dotar os seus serviços com meios suficientes, deixando de estar dependentes dos EUA para todas essas tarefas. Estava vedada a experiência norte-coreana e russa em encontrar dissidentes face ao atual cenário de guerra na Ucrânia e ao unilateralismo lusitano no conflito. Foi considerado inoportuno chamar a vidente Maya para fazer uma leitura de Tarô a saber quando se resolveria o problema. O Bloco de Esquerda, atento como de costume, acusou o governo de ser conivente neste desaire por não proporcionar meios suficientes à TAP para acelerar o processo de privatização e o governo disse que a culpa era dos anteriores governos do PS que nunca tinham querido resolver o problema. O Chega ameaçou votar contra e a Iniciativa Liberal afirmou que iria propor nova legislação a fim de evitar a repetição deste caso. O PAN exigia que medidas rigorosas fossem tomadas para não prejudicar o bem-estar dos viajantes. Desconhece-se quem eram os destinatários desta insólita encomenda de 130 hamsters, roedores eficazes que podem já ter destruído a cablagem do avião da TAP, mas cujos efeitos só dentro de semanas podem ser avaliados agora que uma equipa especializada em bagagem perdida da TAP acabou de inspecionar o aparelho e disse que todos os animais haviam sido recuperados, ilesos. Igualmente foi anunciado que haviam sido recuperadas inúmeras malas de viagem, anteriormente declaradas como perdidas, que estavam perdidas no porão da aeronave.
Chrys Chrystello*
*Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713
MEEA-AJA (IFJ)