Edit Template

Associação Protecção do Ambiente apela à assinatura da petição contra glifosato

A APPAA – Associação para a Promoção e Proteção do Ambiente dos Açores considera que a aprovação da resolução sobre o uso de herbicidas com glifosato na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) “foi surpreendente, porque nada justificaria a alteração do normativo existente”.
A APPAA diz ser necessário que continuem a ser debatidas e esclarecidas as consequências que poderão resultar da referida aprovação.
“O debate e a votação foram de tal modo contraditórios entre os que votaram favoravelmente a proposta que é necessária a clarificação do que vai ser posto em prática”, acrescenta.
“Os proponentes criaram a perceção que antes o glifosato era proibido e depois da aprovação da proposta passa a ser permitido o seu uso”, adianta a associação, acrescentando que “os proponentes invocaram a necessidade de “limpeza” de passeios e bermas por parte de autarquias e o seu uso pelos agricultores. Mas os restantes deputados, dos outros partidos, que votaram favoravelmente a proposta, apenas invocaram a necessidade de combater plantas infestantes”.
“Estes últimos recusaram a ideia de ser livre a sua aplicação, prevendo apenas casos excecionais em que haja avaliação prévia de um pedido de autorização e posterior fiscalização. O Governo Regional, através do Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas (SRAAC), considerou necessário continuar a garantir o princípio da precaução na utilização de substâncias que apresentam riscos para a saúde humana. Este princípio da precaução define que um produto não possa ser aplicado, até prova que não apresenta risco. Em consequência, o SRAAC referiu que continuará a ser proibida a utilização do glifosato nos Açores, com alguma exceções”, diz a APPAA em nota enviada ao nosso jornal.
“Mas as exceções já estavam previstas na legislação, para o combate a plantas infestantes de grande porte e executadas, de forma cirúrgica, por técnicos habilitados. A APPAA considera que o uso indevido e exagerado de outros herbicidas não pode servir de argumento para o uso dos que contêm glifosato. Quem garante que a fiscalização não continue a ser insuficiente? Se a fiscalização não tem eficácia para acautelar o uso abusivo de herbicidas sem glifosato,vai passar a ser eficaz na fiscalização daqueles e nos que contêm este produto com risco potencial para a saúde humana?”, questiona a associação.
“O uso de quaisquer herbicidas afeta toda a flora, inclusivamente a nativa e endémica e todas as espécies animais, incluindo as que vivem no subsolo e os insetos polinizadores, que são indispensáveis para a agricultura”, sublinha ainda.
A APPAA apela para a assinatura da petição que foi lançada com o título “Não ao uso do glifosato em zonas públicas nos Açores”, com o objetivo de que o “conteúdo da resolução seja reavaliado por uma comissão especializada da ALRAA”.

Edit Template
Notícias Recentes
“Romeiros de São Miguel” inscritos no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial
“Habemus Papam” Cardeal Robert Prevost é o novo Papa e escolhe o nome de Leão XIV
Dia da Europa assinala hoje os 75 anos da Declaração Schuman com o Governo açoriano a assinalar a data em São Jorge
“Fixar jovens nos Açores tem de ser um desígnio local e regional”, defende o Presidente da Assembleia Regional
Ex-director do Serviço de Neurologia do HDES condenado a cinco anos e meio de cadeia
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores