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Sensores para alertas de cheias nos Açores

Os Açores vão ter um sistema de alerta que vai monitorizar em tempo real as bacias de retenção do arquipélago e permitirá emitir avisos à população “com alguma antecedência”, anunciou esta ontem o secretário regional do Ambiente, Alonso Miguel.
“Está em curso um sistema de alerta de cheias em bacias de risco da região que, numa fase inicial, contemplará quatro bacias nas ilhas do Pico, Terceira, São Miguel e São Jorge”, estendendo-se depois às restantes ilhas, referiu Alonso Miguel, em declarações aos jornalistas após a apresentação do Relatório do Estado das Ribeiras dos Açores (RERA), referente a 2024, em Ponta Delgada.
De acordo com o secretário regional do Ambiente e Ação Climática, vão ser instalados sensores que “permitam emitir alertas à população com alguma antecedência”.
Ainda segundo Alonso Miguel, este é um “instrumento fundamental do ponto de vista da prevenção” que, aliado à instalação de dois novos radares meteorológicos, a par de um outro previamente existente, “dará uma capacidade de previsão que é muito importante em termos de salvaguarda e proteção das populações e bens”.
O titular da pasta do Ambiente anunciou ainda que está em fase de lançamento de concurso público um investimento de 3,5 milhões de euros para a aquisição de equipamentos e maquinaria que “possa capacitar a secretaria regional com meios adequados para fazer uma utilização preventiva das linhas de água e aumentar a capacidade de resposta, sobretudo na situação de eventos meteorológicos extremos”.
Alonso Miguel referiu, por outro lado, que em 2024, no âmbito do RERA, desenvolveu-se um trabalho de que incidiu sobre cerca de 600 quilómetros de linhas de água, que contemplaram 234 bacias de água, cerca de um terço das existentes na região.
Foram feitos 562 novos registos, tendo sido detetadas 301 ocorrências, sendo 79% de menor gravidade, com as mais graves a terem lugar nas ilhas de Santa Maria, Graciosa e Pico.
Segundo o governante, as obstruções e os assoreamentos das linhas de água “continuam a ser a tipologia mais frequente na região, representando cerca de 40% dessas ocorrências”, enquanto o abandono de resíduos nas ribeiras passou a ser “a segunda tipologia menos frequente na região”.
Alonso Miguel deixou ainda um alerta para os problemas de ordenamento do território, “que advém maioritariamente de situações anteriores à entrada em vigor dos novos plano de ordenamento e de gestão do território”.
“Temos que ir ao longo do tempo resolvendo algumas situações que, em alguns casos, colocam as pessoas em risco e desagravar esse risco”, afirmou o responsável.

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