155 anos!
Manuel Augusto Tavares de Resende, esteja onde estiver, está feliz pelo que fez acontecer. Criou um jornal na altura quase de parede e que 155 anos depois está aí para durar, pese embora todas as vicissitudes de uma época difícil para toda a Comunicação Social, da rádio à televisão, passando obviamente pelos jornais.
Mas com determinação e muito arreganho, o Diário dos Açores continua na sua safra, que é a de continuar a servir os interesses de todos os leitores açorianos, dos mais variados quadrantes da sociedade destas queridas nove ilhas situadas em pleno Oceano Atlântico.
Com uma linha editorial vanguardista para o meio onde está inserido, o Diário dos Açores, dirigido por Osvaldo Cabral, um jornalista intocável nos seus propósitos, continua preponderante no meio político, cultural, social e económico dos Açores.
De resto, numa altura em que as convulsões internacionais se agravam a cada passo, basta olhar para o que se passa na Ucrânia, em Gaza, e agora na Cisjordânia, neste caso, o Diário dos Açores tem um papel fundamental na denúncia de todas as atrocidades ali e algures cometidas, e que só se podem agravar com a vinda de um Donald Trump que de político apaziguador não tem nada.
Precisamente, Donald Trump.
Nos próximos tempos a vida de muitos açorianos nos Estados Unidos não vai ser fácil. Principalmente para todos os que estão indocumentados. E não importa se têem trabalho e se já vivem em terras do Tio Sam há 10 ou mais anos. Com um presidente insensível; impassível ao sofrimento de outrém, as consequências são imprevisíveis.
Ora aí está, como sempre, o Diário dos Açores para aflorar nas suas páginas os contornos do que é o dia a dia desses açorianos nas circunstâncias, obrigando deste modo as respetivas entidades políticas competentes a tomarem as decisões que se impõem, isto para bem dos nossos desditosos conterrâneos.
É por todos estes fatores que o Diário dos Açores continua a ter a via aberta para continuar a reportar e a opinar sobre o Mundo Açoriano, o das Ilhas, mas igualmente o da Diáspora, onde é chefe de fila desde há muitos anos.
Cento e cinquenta e cinco! É obra!
Desde Montreal, aqui vai um abraço de parabéns para o diretor executivo Osvaldo Cabral, extensível a todos os obreiros deste prestigiado jornal pelos seus 155 anos de labor jornalístico!
Norberto Aguiar *
- Jornalista. Director do Luso Presse em Montreal