Os maiores crescimentos em valor exportado, em 2024, verificaram-se na Madeira, Açores e Alentejo, com taxas homólogas superiores a 5%.
O Norte do país continua a ser o principal produtor de bens portugueses para exportar, mas no ano passado sofreu uma quebra face ao ano anterior, quadro que também se verificou no Centro.
De acordo com cálculos do ECO, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os maiores crescimentos em valor exportado verificaram-se em bens produzidos na Madeira, Açores e Alentejo, com taxas homólogas superiores a 5%.
No global, em 2024, as exportações portuguesas cresceram 2,5% face ao ano anterior, atingindo cerca de 79,3 mil milhões de euros.
No entanto, considerando apenas Portugal Continental a taxa de crescimento do valor exportado foi apenas de 0,34%, enquanto a das regiões autónomas foi bastante superior, ainda que em termos absolutos o contributo seja menor.
As exportações produzidas na Madeira subiram 6,1% (372 milhões de euros) e nos Açores 5,4% (159 milhões de euros).
Na Madeira, as exportações de bens de gorduras e óleos animais, vegetais ou de origem microbiana registaram a maior taxa de variação homóloga (para 232 mil euros), sendo os produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas os bens com o valor mais elevado (63 milhões de euros).
Segmento no qual os Açores registaram a maior taxa (89,2%), ainda que tenham sido as exportações de animais vivos e produtos do reino animal a registar o maior valor: 102 milhões de euros.
Por sua vez, as exportações da Grande Lisboa cresceram em valor 3,4% em 2024, o que compara com a quebra de 8,9% registada em 2023 face a 2022, e as da Península de Setúbal avançaram 3%, recuperando da diminuição homóloga de 9,4% no ano anterior.
Já no 3º trimestre do ano passado o SREA tinha revelado que as exportações de bens açorianos atingiram 41,9 milhões de euros (aumento de 14,5% em termos homólogos) e as importações 60,4 milhões de euros (aumento de 36,9% em termos homólogos).
O saldo negativo verificado naquele trimestre (-18,5 milhões de euros) é superior ao saldo do trimestre homólogo (-7,5 milhões de euros) e ao saldo do trimestre anterior (-15,7 milhões de euros).
Relativamente aos países intracomunitários, os Açores registaram um saldo negativo de 5,9 milhões de euros (32,1 milhões de euros de exportação contra 38,0 milhões de euros de importação).
No que se refere aos países extracomunitários, os Açores registaram um saldo igualmente negativo de 12,6 milhões de euros (9,8 milhões de euros de exportação contra 22,4 milhões de euros de importação).
Quanto aos grupos de produtos transacionados, os que representaram a maior percentagem no total quer da entrada (42,2%) quer da saída (53,7%) foram os produtos alimentares e bebidas.
Na saída, é de destacar igualmente o peso dos produtos da pesca, 21,8%, representando 9,1 milhões de euros.
No referido trimestre, o comércio internacional foi sobretudo intracomunitário, 63,0% na entrada e 76,7% na saída.