Vasco Cordeiro termina esta quinta-feira o seu mandato como Presidente do Comité das Regiões Europeu, um cargo de enorme prestígio e responsabilidade, que, pela primeira vez, foi desempenhado por um português. Para os açorianos e portugueses, é um momento de particular orgulho, em que se pôde testemunhar a capacidade, convicção e a visão de um líder que sempre soube colocar os interesses das regiões e da coesão territorial no centro da agenda europeia.
Desde o primeiro momento, Vasco Cordeiro assumiu o cargo com a dedicação e competência que sempre o caracterizaram e que era já bem conhecida pelos açorianos. Durante o seu mandato, reforçou a importância das regiões na construção do futuro da União Europeia e promoveu o debate sobre a descentralização, a sustentabilidade e o desenvolvimento dos territórios. Defendeu incansavelmente as regiões ultraperiféricas, garantindo que estas continuassem a ter um lugar de destaque nas políticas europeias e assegurando que os desafios específicos que enfrentam fossem devidamente reconhecidos e apoiados.
O seu trabalho foi também essencial na resposta aos desafios globais que marcaram o seu mandato. A recuperação económica pós-pandemia, as transições ecológica e digital, assim como a crise geopolítica decorrente da guerra na Ucrânia, foram temas centrais em que o papel do Presidente do Comité das Regiões foi essencial para defender e afirmar a visão e posição das regiões europeias.
Durante todo o mandado, Cordeiro demonstrou que o desenvolvimento europeu deve assentar na proximidade com os cidadãos, valorizando o papel essencial dos governos regionais e locais.
Para os Açores e para Portugal, o legado deste mandato transcende o simbolismo da sua eleição. A visibilidade conquistada, o reconhecimento da importância das regiões no contexto europeu e o reforço das redes de cooperação são conquistas que permanecerão muito para além dos últimos 3 anos. Com um percurso político marcado pelo compromisso e pelo serviço público, Vasco Cordeiro deixa uma marca resistente na história do Comité das Regiões Europeu.
O futuro continua a ser um caminho de desafios, mas também de oportunidades e Vasco Cordeiro mostrou-nos, entre muitas outras matérias, que os Açores e Portugal podem e devem estar na linha da frente desse percurso.
Rodrigo Pereira