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Peixe do meu quintal – Ditador na forja

“A Europa dormiu no sofá da preguiça durante décadas. Foi uma bela adormecida que agora está acordando em sobressalto com os safanões dados por estes senhores do mundo.”

Na cabeça de Donald Trump, nada é feito sem um propósito absoluto e único: A retenção do poder. E vai ser problemático o final do seu mandato!…
A velocidade, a pressa com que Trump está a pôr em prática o que prometeu em campanha e que lhe deu maioria popular, é prova de que tem na manga um objetivo que as distrações mundiais não falam por ser, talvez, demasiado cedo. Trump vai querer mais um mandato. Pode argumentar no fim do mandato que precisa de mais um para continuar e finalizar o começado. E quanto mais fizer agora, segundo o prometido, melhor cairá nas graças dos eleitores americanos.
Rodear-se de oligarcas digitais como Elon Musk, um dos nomes mais comentados na internet, pode trazer água no bico. O bilionário que é dono das empresas Tesla, Starlink e X (antigo Twitter), está sempre em alta, especialmente por ser o atual líder do ranking das pessoas mais ricas do mundo. A esta personagem foi-lhe atribuído um poder político que, aliado à sua imensa fortuna, vai fortalecer as redes sociais globais controladas pelos EUA. Elon Musk pode vir a transformar-se no Paul Joseph Goebbels da era moderna, com ferramentas que, se Hitler as tivesse, não teria perdido a guerra.
Os interesses de ambos, Trump e Musk são idênticos. Diferem apenas na ambição de cada. Para Trump, o narcisismo exacerbado do ídolo, semideus, que tudo pode e consegue. A única paixão de Trump e dada a sua idade, já não são as mulheres. Agora só pensa na retenção do poder. Prolongar essa paixão o mais longamente possível. E não interessa se a Constituição americana não permite mais do que dois mandatos. Trump vai argumentar que não foram seguidos porque lhe “roubaram” o segundo.
Os antecedentes de Trump provam isto mesmo, com a diferença de que agora, a sua experiência e aprendizagem da lição é mais experiente. Terá as ajudas dos amigos ocasionais como Elon Musk, Mark Elliot Zuckerberg, Jeffrey Preston Bezos e outros pesos pesados e magnatas com o controlo mundial das redes sociais, para o ajudarem a convencer as massas a reconhecer a necessidade de o reeleger. Pode parecer futurologia, mas Trump tem antecedentes graves que abonam esta tese.
A Europa dormiu no sofá da preguiça durante décadas. Foi uma bela adormecida que agora está acordando em sobressalto com os safanões dados por estes senhores do mundo. São príncipes de uma fidalguia supra-capitalista e com a formatação inata de fazer ainda mais. Nada de mal, não fora a eleição de uma mola impulsionadora chamada Trump, que lhes ofereceu uma autoestrada para conseguirem os fins.
Não estamos num tempo novo. Estamos numa nova situação, que pode durar quatro anos ou mais, incluindo convulsões de permeio.
Estes senhores preparam-se para conduzir o mundo. Já o controlam nas redes sociais.
Os dados estão lançados, como escreveu Jean-Paul Sartre.
À Europa, é urgente que se levante e defenda as democracias tal como as conhecemos. Estes senhores acima citados são robonautas da necessidade humana. Oferecem aquilo que entendem ser as necessidades humanas. Mas os seus antepassados são europeus. A Europa tem que se reinventar e esta pode muito bem ser a grande oportunidade de sair da dormência, da sonolência, da inércia que permitiu tudo isto.
A liderança nunca empregou o medo e a força. Gandhi, Mandela e tantos outros, são a prova das grandes lideranças através da Paz.

José Soares*

*[email protected]

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