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Rui Coutinho, Presidente da SATA: “Operação de Verão da Azores Airlines vai ter 22 rotas, 300 voos semanais”

A SATA já tem a sua operação de verão aberta. Quais as novidades na operação da Azores Airlines?
A Azores Airlines tem vindo a registar um crescimento contínuo no número de passageiros transportados nos últimos anos, o que torna imperativa a consolidação da operação e da racionalidade da gestão durante o Verão de 2025, tanto para a gestão eficiente da frota como para a fidelização dos clientes.
Ainda assim, a Azores Airlines manterá 22 rotas, que implicam mais de 300 voos semanais de e para os Açores.
A Azores Airlines passará a ser a única companhia aérea que estabelece a ligação entre os três aeroportos do continente português (Faro, Porto e Lisboa) e os Açores, registando um aumento moderado da oferta na operação doméstica.
Para o restante continente europeu – onde operamos ligações a cinco destinos, Paris, Barcelona, Bilbau, Milão e Frankfurt – a operação será semelhante ao que foi o ano passado, mas com menos um destino (Londres).
Teremos, no entanto, a novidade resultante da alteração de horário do voo proveniente de Frankfurt, que este ano opera em faixa noturna e com uma frequência adicional.
Isso permitirá a chegada antecipada a Ponta Delgada e potenciará a conectividade do tráfego para as restantes ilhas do arquipélago, através da operação interilhas, algo já visível no nosso sistema de reservas.
Relativamente à América do Norte, a operação será intensificada a partir de abril, com ligações à partida da Terceira e de São Miguel para as cidades de Nova Iorque, Boston, Toronto e Montreal.
A operação internacional terá algumas alterações, ao descontinuar algumas rotas, em particular, as que foram operadas em regime de ACMI e alguns voos diretos que não passavam pelos Açores.
A descontinuidade destas rotas permitirá reforçar ligeiramente a operação doméstica e, sobretudo, conferir mais robustez e racionalidade à totalidade da operação.

E da Air Açores?
A operação da SATA Air Açores manterá os pressupostos do contrato de Obrigações de Serviço Público, reforçando, tal como é normal e histórico, a oferta de acordo com a procura em momentos específicos.
O Plano de Exploração já prevê uma operação muito ambiciosa, em linha com a operação do ano passado, e já perspetivando oportunidades de incrementos, tendo em conta as necessidades identificadas e a previsão do comportamento da procura.
É, obviamente, um exercício dinâmico, com o objetivo de potenciar a mobilidade interilhas e permitir a dispersão do tráfego, obedecendo, naturalmente, aos requisitos da gestão eficiente da companhia e da frota disponível.

Mantém a intenção de recorrer á aquisição de mais um Dash no Verão?
Recentemente, assumimos publicamente a nossa intenção de integrar no nosso Plano de Exploração do Verão IATA 2025 uma sexta aeronave Dash Q400, até para conseguirmos maior flexibilidade na gestão da frota e acompanhar de forma sustentada a evolução da procura, que tem sido elevada nos últimos anos.
Porém, há desafios no mercado, porque este tipo de aeronaves é escasso, o que nos põe dificuldades na identificação de fornecedores com disponibilidade para entrega imediata ou nos coloca perante valores significativos.
Estamos a estudar as melhores possibilidades, dentro da racionalidade que um investimento desta natureza requer, incluindo a possibilidade de leasing operacional ou de aluguer.
Esta sexta aeronave tem o propósito de desfazar os ciclos de manutenção das atuais aeronaves e substituir muitos voos efetuados em Q200 por Q400, aumentando a oferta em várias ligações.

Mantendo-se o problema dos slots em Lisboa, a aposta será no Porto?
O problema da falta de slots em Lisboa é algo que não vai desaparecer.
É preciso ter bem essa noção e perceber que é algo que se agrava com a pressão sobre as atuais infraestruturas do aeroporto de Lisboa.
Estamos sempre a procurar novas soluções e novas oportunidades, mas há cada vez mais condicionamentos.
Mesmo no Porto já começam a existir limitações nas operações, que também resultam de alguma deslocalização de operações devido à sobrecarga de Lisboa.
De qualquer modo, temos de ter muita racionalidade e pragmatismo na nossa gestão, porque temos de pensar em rede e na otimização da nossa eficiência operacional e financeira. Mas sim, é algo que consideramos e que já fizemos na rota Terceira Porto ao duplicarmos a oferta.

Há uma contestação no Faial pela redução de voos na operação de Verão a partir de Lisboa. Qual a explicação?
A oferta inicial para o Verão de 2024 foi a mesma que a anunciada para o Verão de 2025.
No Verão de 2024, antes do início da estação, foi possível adicionar um voo semanal suplementar, para suprir picos de procura, em Julho e Agosto, ao Domingo.
Estamos a trabalhar para assegurar isso este ano. No entanto, os muito poucos slots disponíveis em Lisboa não são os ajustados à operação, à nossa rede e, sobretudo, às necessidades de ligação ao Faial, como por exemplo um slot às 23:30 para chegar ao Faial pelas 01:00 e não conseguir regressar.
É um trabalho contínuo com a coordenação nacional de slots, de aproximações sucessivas ao que possa ser um slot aceitável para operar.
Já nos excedemos em contatos e o que é inegável é que o aeroporto e o próprio controlo de tráfego aéreo em Lisboa já operam no limite da capacidade.
Estamos a explorar todas as possibilidades, no sentido de alcançar o melhor compromisso possível, entre as necessidades do Faial e também do Pico e as oportunidades que estão disponíveis.
Já referimos várias vezes que pretendemos operar mais no pico do verão para Faial e Pico, mas tem de existir coerência com a operação atual.
Ou seja, não vamos oferecer 3 ligações apenas num dia e as restantes com 1 dia ou nenhum pois do ponto de vista comercial não faria sentido.
É um processo que está em vias de resolução e que, certamente, terá um resultado positivo.
Tem sido sempre esta, e vai continuar a ser, a postura da SATA, procurando servir as nossas ilhas o melhor possível , dentro do que está no nosso controlo.
Recordo que continuamos a operar, muito acima dos mínimos das obrigações de serviço publico, que nunca foram remuneradas e sem falhar, porque sabemos que isso é vital para a nossa Região, apesar de todas as dificuldades inerentes. Somos nós que temos estado presentes para todos os Açoreanos.

Sabemos que a SATA tem em mãos o estudo complementar sobre o aumento da pista do Pico para dar parecer. Qual é a vossa posição, é possível ou não o aumento da pista?
Esta é uma questão de elevado pendor técnico, onde está em causa uma grande multidisciplinariedade e muitas variáveis de diferente natureza.
Temos de analisar muito bem, de forma objetiva, sem superficialidade, os documentos que temos em mãos.
Em tempo oportuno, daremos nota das nossas conclusões, pois será analisado pelas nossas operações de voo e pela SATA gestão de aeródromos.
Queremos estar seguros, bem suportados e devidamente robustecidos na nossa análise técnica, o que requer tempo.
Depois, consoante o resultado, reportaremos de imediato ao Governo Regional, que foi quem nos solicitou o parecer.
É, obviamente, um assunto prioritário.

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