O presidente da Associação de Municípios dos Açores disse ontem ver com “grande preocupação” a atual crise política, lamentando a incerteza e a imprevisibilidade que podem colocar “seriamente em risco” projetos das autarquias comparticipados pela República. “Vemos com muita preocupação. Os prazos são muito apertados. Recordo que, até Março de 2026, temos já projetos em carteira que têm de estar executados até esta altura. E, entrando o Governo [da República] em gestão não sabemos como é que ficará a aprovação dos respetivos projetos e a execução dos mesmos”, afirmou o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA). O autarca, e antigo presidente do PSD/Açores, lembrou que “ainda muito recentemente” a Associação de Municípios viu aprovada “uma candidatura de cerca de dois milhões de euros ao nível de sistemas verticais que são extremamente importantes para as decisões diárias” das autarquias. “Reiteramos necessidade de termos um Governo estável que possa colocar em prática as ações que estavam protagonizadas. E, voltando tudo ao início, colocam-se seriamente em risco vários projetos”, apontou o presidente da Associação de Municípios dos Açores, dando como exemplo, a construção da nova esquadra da PSP da Ribeira Grande.