Os resultados eleitorais na Madeira não foram, em nada, uma surpresa para mim.
Se invertermos a lógica do mérito pelo resultado obtido, alguém se interessou em avaliar a mediocridade da oposição?
Tirando o JPP, que ainda não conquistou a total confiança dos madeirenses mas que cresce com base num trabalho sério e credível, que outro partido apresentou uma candidatura alternativa à altura das exigências?
Os partidos têm de sair da lógica da avaliação de expectativas, perfeitamente narcisista, para uma lógica de capacidade de desempenho e demonstração de confiança.
O eleitorado no seu todo não é tolo, apenas não lhe são oferecidas as alternativas desejadas.
Por fim, relembrar que as realidades regionais são muito específicas e assentam num sistema de relações muito concreto e homogéneo.
A grande indecisão e o desalento, associado ao que será apresentado ao eleitorado pelos partidos, irá condicionar em muito os resultados eleitorais dos próximos actos eleitorais, nas legislativas e mesmo nas presidenciais. Ou, quiçá, mesmo regionais nos Açores.
Anda tudo farto disto e só queríamos viver melhor.
Politicamente, está tudo muito volátil…
Filipe Mendonça Ramos