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Hotelaria açoriana espera crescer nas receitas este ano e vê nos EUA um dos melhores mercados

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) apresentou ontem os resultados do inquérito “Balanço 2024 & Perspetivas 2025”, realizado junto dos seus associados.
Ainda que com um crescimento nos principais indicadores, os hoteleiros antecipam um novo ano de evolução moderada, pontuado pelos desafios colocados pela conjuntura internacional, pelo aumento dos custos e pela escassez de mão-de-obra.
As perspetivas para 2025 revelam um otimismo moderado por parte dos hoteleiros, com destaque para a expectativa de melhoria na taxa de ocupação: 48% dos inquiridos do Algarve, 47% da Península de Setúbal, 45% do Alentejo e 43% da Grande Lisboa prevêem um desempenho superior ao de 2024.
Quanto ao preço médio por quarto (ARR), existe um consenso transversal entre as várias regiões de que este deverá aumentar.
Em linha com esta tendência, muitos hotéis esperam crescer em termos de receitas, nomeadamente na Península de Setúbal (78%), Açores e Grande Lisboa (63%), Norte (54%) e Oeste e Vale do Tejo (53%).
Portugal mantém-se no cabaz dos 3 principais mercados emissores para 83% dos inquiridos.
Espanha, com maior expressão nas NUTS Norte, Centro e Alentejo, apontada por 54% dos associados da AHP. (54%) consolida a sua posição.
O Reino Unido (39%) continua a ser determinante para o Algarve e a Madeira, enquanto os Estados Unidos (34%) reforçam a sua importância em Lisboa, Açores e Alentejo.
O Brasil (32%) evidencia sinais de recuperação, sobretudo em Lisboa e no Centro do país.
Outros mercados em ascensão incluem a Irlanda, a Polónia e o Canadá.

Riscos para o sector:
guerra comercial
e falta de mão de obra

O Banco de Portugal prevê um crescimento económico de 2,3% para 2025, com uma inflação a descer para 2,3% e a estabilizar nos 2% nos anos seguintes.
Ainda assim, alerta para os riscos associados à conjuntura geopolítica, como a guerra comercial EUA-China, políticas protecionistas e instabilidade nas cadeias de abastecimento, que poderão afetar decisões de investimento e consumo.
Já para a IATA, o setor aéreo poderá beneficiar da descida dos preços dos combustíveis, mas enfrenta riscos com novas tarifas e escassez de mão-de-obra, devido às intenções de deportação em massa dos EUA.
Apesar deste cenário incerto, o relatório 2025 Global Hotel Outlook, da CBRE, mantém uma visão positiva para a hotelaria europeia, com o crescimento do RevPAR impulsionado pela procura intraeuropeia e por mercados globais.
A AHP sublinha a necessidade de acompanhar estas dinâmicas internacionais para mitigar impactos no turismo nacional.
A amostra do inquérito “Balanço 2024 & Perspetivas 2025” foi composta por 328 empreendimentos turísticos associados da AHP. O inquérito foi realizado entre 2 e 31 de Janeiro de 2025, com um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 4,94%.
Amostra: Norte: 14%; Centro: 9%; Oeste e Vale do Tejo: 8%; Grande Lisboa: 21%; Península de Setúbal: 3%; Alentejo: 10%; Algarve: 18%; Região Autónoma dos Açores: 6%; Região Autónoma da Madeira: 11%.

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