A deputada da Iniciativa Liberal (IL) na Assembleia Municipal de Ponta Delgada, Alexandra Cunha, votou, Terça-feira, a favor da proposta municipal para aquisição do prédio urbano onde se encontra o parque de máquinas do Município, exercendo o direito de preferência.
Esta decisão, tomada no âmbito de uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal, visa “regularizar, de forma definitiva, a complexa situação patrimonial gerada por negócios pouco compreensíveis de anteriores executivos do PSD”, disse.
“A Iniciativa Liberal reconhece que todo o processo relacionado com o ‘Azores Park’, que nos trouxe até este momento, foi marcado por falta de transparência e litígios judiciais”, afirmou a Deputada Municipal. Por isso, justificou que, “não estando vinculada a decisões do passado, a IL tem a legitimidade democrática para avaliar a situação atual e decidir a melhor solução para o futuro do Município”.
Recorde-se que, em setembro de 2023, a eleita liberal absteve-se numa proposta da Câmara Municipal para o arrendamento do imóvel onde está instalado o parque de máquinas do Município, localizado no Azores Park, que representou um custo anual de cerca de 400 mil euros.
Negócio ruinoso
para a autarquia
Na altura, deixou críticas aos anteriores executivos do PSD, apontando “a falta de planeamento na gestão do processo de venda do Azores Park”, o que resultou “na permanência do parque de máquinas municipal num terreno que não pertence à Autarquia, criando uma situação patrimonial complexa”.
Na altura, Alexandra Cunha destacou que o negócio do Azores Park foi “demasiado ruinoso para a Autarquia”, lamentando que a Câmara tivesse “de arrendar o imóvel sem saber quando e se o poderia adquirir”, não existindo soluções fáceis para o problema.
Agora, dois anos volvidos, perante uma proposta do executivo camarário que visa reduzir despesas mensais desnecessárias, a eleita da IL votou a favor considerando que “a aquisição deste terreno, através do direito de preferência, surge como a solução mais adequada para resolver um problema antigo e herdado, minimizando o impacto financeiro para o Município”, reforçando que “este negócio já se revelou demasiado oneroso para a Autarquia” e que “é urgente pôr fim a esta situação, evitando um custo anual de cerca de 400 mil euros num terreno que, até à data não era propriedade municipal”.