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Paulo Estêvão valoriza criação de rede de apoio social para os Açores e a diáspora

O Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, declarou que a Rede Internacional de Organizações de Serviço Social dos Açores e da Diáspora, cujo protocolo de constituição foi assinado por cerca de duas dezenas de entidades, representa um “momento histórico” para os Açores e as suas comunidades.
“Estamos a enfrentar uma situação sem precedentes. Os últimos números do Governo português são que o país tem um milhão e meio de imigrantes. Trata-se de um crescimento muito significativo. Um país de emigrantes transformou-se num país que acolhe. Ao mesmo tempo, continuamos a ter uma população emigrante muito significativa. É uma conjuntura única”, declarou o governante, falando em Ponta Delgada, na sessão de encerramento de um seminário internacional dedicado à constituição da Rede.
Para o Secretário Regional com a tutela das comunidades, “esta situação extraordinária e histórica levanta desafios ao país” e aos Açores.
“Há uma conjuntura recente que tem a ver com a política de emigração da nova administração norte-americana. Neste momento, tendo em conta não propriamente as acções em relação à comunidade portuguesa, mas sobretudo o discurso, não há um número de deportações superior ao normal, essa situação não aconteceu. Se há neste momento um regresso em número significativo de açorianos é um regresso voluntário que tem a ver com o impacto do discurso da administração [norte-americana] e o medo que esse discurso possa ter consequências práticas”, assinalou.
Paulo Estêvão lembrou ainda os conflitos bélicos actualmente existentes, reconhecendo ser “muito difícil planificar seja o que for”, e dando exemplos como os números de exportações ou indicadores macroeconómicos.
“O que estamos aqui a fazer é contracorrente: juntar um conjunto de instituições regionais e da diáspora, no âmbito do serviço social, para partilharem conhecimento e juntos fazerem mais”, frisou, contrastando esta ideia com a do proteccionismo político e económico de algumas democracias.
“Este protocolo tem essa importância de estarmos aqui todos com o espírito de ajudar, termos um apoio social cada vez mais alargado, que possa atingir mais gente. Estou verdadeiramente impressionado com o trabalho de todas estas instituições”, valorizou, depois de ter assistido à apresentação do conjunto de actividades de várias entidades da diáspora e parceiras neste projecto de cooperação.
A Rede Internacional de Organizações de Serviço Social dos Açores congrega associações e/ou outras organizações que desenvolvem actividades de índole social junto das comunidades açorianas nos Estados Unidos da América, Canadá e Bermuda e na qual a Direcção Regional das Comunidades assume o papel de promotor e coordenação.
A entidade visa, entre outros objectivos, promover a troca de informação permanente, promover um conjunto de respostas de suporte sociocultural que permitam, através da cooperação entre diferentes entidades, contribuir para a integração efectiva dos açorianos emigrados e açorianos regressados à Região, ou integrar na acção de intervenção social a envolvente imediata, família e comunidade do emigrante e do emigrante regressado, sempre que possível.
Rentabilizar recursos e estratégias, evitando uma ineficaz duplicação de intervenções e melhorando respostas estruturadas e articuladas, lançar bases para um processo permanente de cooperação interinstitucional a nível local, regional, nacional e transnacional e promover a realização de estudos e diagnósticos que permitam um conhecimento mais profundo da realidade e uma permanente adequação da intervenção dos diversos intervenientes são também objectivos da Rede.

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