O Hospital CUF Açores anunciou ontem que passou a dispor de um equipamento para realização de biópsias do gânglio sentinela, considerado um exame fundamental para definir os passos a seguir no tratamento do cancro da mama. Este novo equipamento, aliado à experiência e diferenciação da equipa clínica, segundo nota disponibilizada, permite um acompanhamento mais completo e diferenciado aos doentes oncológicos e, em simultâneo, representa o compromisso da CUF em garantir uma resposta ajustada às necessidades de saúde da população açoriana.
No comunicado é referido que “o gânglio sentinela é o primeiro gânglio linfático com maior probabilidade de receber células tumorais oriundas da lesão inicial na mama. Através da sua biópsia, é possível verificar a presença ou ausência de células malignas. Quando não são detectadas alterações nesse gânglio, é provável que os restantes também não estejam comprometidos.
Sendo o tumor mamário um dos mais prevalentes em Portugal, com cerca de 9 mil novos casos e perto de 2 mil mortes anuais, este equipamento possibilita a realização de uma biópsia essencial para o tratamento da doença, recorrendo a um procedimento minimamente invasivo que permite localizar com precisão o gânglio sentinela”.
Como explica o cirurgião geral Luís Bernardo, responsável por este procedimento no Hospital CUF Açores, citado na nota, “este exame permite aceder directamente ao ponto chave, “evitando a remoção de todos os gânglios para verificar se estão metastatizados e preservando as defesas da mama, da axila e do ombro”.
Em vez de utilizar substâncias radioativas, como acontece na Medicina Nuclear, a biópsia do gânglio sentinela realizada com o equipamento agora adquirido pelo Hospital CUF Açores utiliza um composto especial, chamado imunofluorescência, que, ao ser injetado no corpo, incide diretamente no gânglio que os médicos querem observar”.
“Com recurso a este equipamento, os cirurgiões conseguem tomar decisões mais precisas e ajustadas à necessidade de cada doente, permitindo um acompanhamento personalizado a cada caso”, pode ler-se ainda no comunicado da unidade hospitalar privada que funciona na freguesia do Rosário, concelho de Lagoa.