Em que o auto cognominado “rei” Trump não conseguiu mostrar o que é um verdadeiro presidente, preferencialmente escrito com letra grande, de um país que tanto politicamente como económico-socialmente já foi grande e considerado o destino ideal para se viver/emigrar e poder realizar os sonhos pessoais.
Os cem dias que passaram e que a maioria dos americanos acreditaram ser o início do “make America great again”, não passou de uma anedota muito mal contada por um presidente que se tivesse de ter um cognome associado deveria ser o de “catavento”.
Sopra na direção de onde vem o vento, quando no interior do seu cérebro, os dois neurónios – o Tico e o Teco – abrem as portas e como se diz por cá “faz vento encanado”, ele reproduz publicamente as suas ideias.
Desde o início do mandato Trump publicou, á data de hoje, cerca de 130 ordens executivas e anulou mais de uma centena publicada pelo seu antecessor. Foi trabalho escusado pois da totalidade das ordens executivas que assinou, num show de caneta preta e mostra pública da ordem, pouco restou.
A sua popularidade, á hora a que escrevo, não chega aos 40% o que é uma baixa significativa perante a dos americanos quando o elegeram, incluindo membros do partido republicano que neste momento já conseguem deslumbrar o futuro, em termos de negócios pessoais e como se sentem a perder dinheiro.
O valor da dívida americana era de cerca 36,2 biliões de dólares em abril deste ano, com um risco de crédito definido pelas entidades competentes – leia-se “não dependentes” de Trump e companhia – de cerca de 97% e com despesas militares – imaginem – de cerca de 913 biliões de dólares relativamente a janeiro de 2024.
O saldo entre despesas e receitas do estado americano eram, em março de 2025, respetivamente de cerca a de 528 biliões e 368 biliões, o que significa um valor superior em cerca de 43,5% da receita ou de outra maneira uma cobertura de cerca de 69,7%.
A América, sendo um país consumista por exagero, não consegue ter uma produção interna que satisfaça a procura e daí a necessidade de grande volume de importações, dos países que agora quer taxar.
Desde 2019 o valor da dívida pública americana passou de um bilião para os anteriormente referidos 36,2 biliões em abril de 2025.
De tudo isto se pode deduzir muito facilmente que o outrora grande país norte americano está mesmo falido.
A prova disso?
Vejamos a última: “esmolar” que os grandes e numerosos navios americanos que atravessam os canais do Panamá e Suez deixem de pagar as respetivas taxas ao contrário daquilo que os países com menor potencialidades fazem.
O enorme desejo de “conquistar” a Gronelândia, não só pela sua potencial situação estratégica mas igualmente pelas suas riquezas de subsolo; de chegar ao acordo sobre a exploração das terras ricas, do petróleo e gás ucranianos perante uma dívida que alega que a Ucrânia tem devido ao apoio dado pelo anterior presidente ou mesmo a ideia repetida várias vezes de que o Canadá seja um estado federado americano, o quinquagésimo primeiro, entre outras ideias mirabolantes que chega ao ponto de publicamente afirmar que gostaria de ser Papa, publicitando imagens de si mesmo vestido como tal.
Imagino que uma vez que fosse Papa iria querer anexar a Itália ao Vaticano, chamando o cardeal de Nova Iorque para seu vice-papa.
Este homem de grandes ideias – que diz ouvir todos, mas decidir por si – em grande parte repete, com a politica da aplicação das taxas e tentativas de controlar a inflação e favorecer a economia, o mesmo que o republicano que foi o 25° presidente americano, de seu nome William Mckenly, fez e que conduziu o país a um verdadeiro caos, tendo sido vitima mortal de um atentado, seguindo-se um período de governação democrática que tudo anulou e recuperou a economia americana.
Teremos de esperar, para ver.
J. Rosa Nunes
Prof. Doutor