O financiamento da Universidade dos Açores, na perspectiva do Chega-Açores, é um problema que continua a afligir a Academia Açoriana que vive actualmente na incerteza do que se seguirá em 2027, quando terminar o contrato-programa de financiamento com o Governo da República.
O sub-financiamento e a tripolaridade foram problemas colocados em evidência durante uma reunião entre os membros da lista do Chega pelo círculo dos Açores às próximas eleições legislativas e o Vice-Reitor da Universidade dos Açores, Artur Gil.
Com 3.100 alunos, sendo cerca de 10% Açorianos, a Universidade dos Açores, segundo nota do Chega, acredita que há margem de progressão para atrair mais alunos Açorianos, principalmente das ilhas onde não existem pólos universitários, indo ao encontro das reais necessidades de mercado de cada ilha.
O cabeça-de-lista do Chega pelo círculo dos Açores, Francisco Lima, ressalvou que a Universidade dos Açores em sido vítima do “garrote financeiro imposto pela República”, indicando que após 2027 “vai ter de ser o Governo Regional a financiar dois terços da verba”. O CHEGA defende uma revisão da Lei de Finanças Regionais, que possa majorar o financiamento da Universidade dos Açores. “Esta República tem-nos empobrecido ao longo de 50 anos, temos de acabar com este ciclo de empobrecimento porque a Universidade dos Açores é uma vítima deste centralismo”, indicou Francisco Lima que acrescentou que a dificuldade financeira também se agrava com o relacionamento, por vezes difícil, com a República. “Quando é um assunto regional, empurram para a República, e quando é uma questão nacional empurram para a Região. A Universidade dos Açores precisa de um modelo de financiamento que seja credível”, reforçou Francisco Lima.
O cabeça-de-lista, segundo a nota, lembrou que a Universidade dos Açores tem sido vítima do centralismo da República dando o exemplo do curso de gestão, que já existiu no pólo da ilha Terceira, mas que agora está fechado, sendo impedido de abrir novamente devido às burocracias da tutela do Ensino Superior. (…) Francisco Lima acredita que a voz do CHEGA Açores na Assembleia da República vai evitar “que se repitam erros do passado, desleixos e irresponsabilidades financeiras” perpetuadas ao longo dos últimos 50 anos pelos diversos Governos da República.