De acordo com o “Ciência Vitae”, (Plataforma Europeia de Registo Científico), a minha Grande Área e “Domínio de Atuação” é: “Ciências Sociais – Ciências da Educação” e “Humanidades – Filosofia, Ética e Religião”.
Depois do Amado Papa S. João Paulo II, do Amado Papa Bento XVI e do Respeitado Papa Francisco, Deus deu-me, de novo, a Graça, a Alegria, de Hoje ter assistido, em direto, e ter seguido a Primeira Aparição Pública, na Varanda da Basílica de S. Pedro, em Roma, do Papa Leão XIV, que acolhi, com muito Júbilo, como Pessoa, como Cristão e Católico, o Papa Escolhido para Vigário de Cristo na Terra.
A eleição de um Papa não é um Prémio, mas um Fardo, no Peso da Santa Cruz de Cristo Crucificado e na Alegria, Divina, do Cristo Ressuscitado. Tudo o mais é “carreirismo”, mesmo que encoberto e dissimulado, nas supostas hierarquias. Alguns Bispos e até alguns cardeais vão “engolir” o que disseram, ao fazerem o jogo mundanista, também nos palcos da Comunicação Social, sem se imporem, a si mesmos, o recato, devido e necessário. Mas se o fizeram é porque já estão habituados. Bento XVI, na sua Clausura, esteve ainda em mais Abertura, junto à Santa Cruz de Cristo, em meditação, oração e adoração. Quem lhe seguiu o Exemplo? Renunciou para dizer um Sim Maior, também com(o) Maria Santíssima. Bento XVI tinha um Olhar Profundamente Eucarístico.
E, por esses dias, em uníssimo ouvia-se que a Igreja não poderia andar para trás. Pois não. Regressou a Leão XIII, para criar novos dinamismos em Leão XIV! A auto-atribuição de um Nome fez dar uma grande volta. Mas “Adiante”, caminhemos, “por Cristo, com Cristo e em Cristo”, e estaremos sempre no Caminho da Verdadeira Barca de “Pedro com Cristo” (Bento XVI).
Leão XIV apareceu com as vestes, os paramentos, papais, que retomam a Normalidade. O seu andar sereno e movimento de Luz, na direção da Janela, trouxeram, em continuidade, a luz que atravessa a História viva da Igreja Católica Apostólica e Romana. Tal como Bento XVI, Leão XIV é profundo conhecedor de S. Agostinho, (e pertence à Ordem) há, por assim dizer, uma Luz, de Amor e Dor, que vem das “Confissões” e que vai da “Cidade Eterna”, dos homens, para a “Cidade de Deus”, dois Grandes Livros de Santo Agostinho, escritos depois da sua Conversão.
Desde criança que a minha e nossa amada Mãe, Leontina Maria Oliveira Medeiros, nos fala de S. Agostinho e de sua Mãe, Santa Mónica, que muito chorou e orou a Deus para e pela Conversão do seu Filho, Agostinho. No sagrado Missal Romano da minha e nossa Mãe (“Guarda, 28-VII-58), – 1958 -, com um extrato de “S.S. Pio XII” da Encíclica “Mediator Dei”, podemos ler na página 1168, referente a 28 de agosto, (o santo do dia) “SANTO AGOSTINHO. Bispo e Doutor da Igreja”; está escrito no Missal Romano: “Nasceu em Tagaste, na Argélia, no ano 354. Logo, na sua juventude deixou-se arrastar a desordens morais graves, apesar dos esforços e orações e lágrimas de Santa Mónica, sua mãe. Depois de ouvir Santo Ambrósio em Milão, regressou de novo à vida cristã. Aos 33 anos recebe o batismo, ordena-se sacerdote e aos 41 anos é feito bispo de Hipona. É um dos quatro grandes doutores do ocidente”. Na página 968 do Missal Romano da minha e nossa amada Mãe, temos referência a “SANTA MÓNICA”, “nasceu na África e casou com um pagão que converteu. Tendo enviuvado, dedicou-se inteiramente a seu filho Agostinho que levava uma vida desvairada. Suas lágrimas e suas orações mereceram conversão do filho. Morreu em óstia, quando ia embarcar para a sua pátria. É o modelo e padroeira das mães cristãs.”
Nenhum Papa o é, em Profundidade, sem assumir, em toda a radicalidade, O Jesus Cristo, Crucificado e Ressuscitado. O Papa que dulcificasse a Cruz de Cristo seria inautêntico. A Santa Cruz de Cristo é o facho luminoso de que o Mundo precisa. Do Caminho Doloroso vem o Caminho Glorioso. A Igreja de Cristo nunca pode vender facilidades, que são tentações da Igreja dos homens, dos “carreirismos”, do “clericalismo”, que alguns repetem, mas não assumem como remissão. Ser eleito Papa não é um Prémio, é um Fardo de Luz. Como afirmou Bento XVI: “Pedro com Cristo”, sem esse Vínculo à Raiz, à Videira, que é Cristo, os ramos secam. Cristo Venceu, e vence o mundo, mas pela “Porta Estreita”, no Gólgota e, antes, na véspera, soando sangue, a Orar, pela noite dentro, no Horto, no Jardim das Oliveiras.
A Imagem mais forte que se me fixou na retina foi quando vi o Cardeal Robert Francis Prevost, agora, Papa Leão XIV, irradiar uma luz tocante, sobrenatural, do e no seu Olhar, nos seus Olhos. É como se nos tivéssemos visto, como se o nosso Olhar se encontrasse em Oração. E naquele momento, que só Deus viu, senti: “Daria um Grande Papa”. E nesse Conclave abstive-me de tecer considerações. Aguardei, meditando e orando, como Cristão e Católico, pecador, mas com grande Fervor, com Fé em Jesus Cristo. Deus sabe os que eu não desejava que fossem eleitos.
A Igreja é Católica, Universal, é uma Pátria Terrestre e Celeste, Universal.
Partilhei mensagem de dois Cardeais, – porque me chegaram em “Newsletter” – o Cardeal Muller, que foi fiel colaborador de Bento XVI e de Francisco e uma peça verdadeiramente irresistível de um igualmente proeminente Cardeal, o Cardeal “Tagle”, Filipino que, com superior inteligência e humor, com alegria irradiante, protagonizou ao descrever episódios do Casamento e das borboletas, (fê-lo com Graça irresistível) para acentuar que o Matrimónio “não é um evento social”, mas um Sacramento de Deus, como os demais sacramentos em que a Fé é a Essência, a Palavra de Deus, Deus presente nos Sacramentos. Sobre o conclave e a constituição do Conclave, no seguimento dos consistórios convocados pelo Papa Francisco tenho uma posição crítica como Cristão e Católico, mas que respeito. Mas não consigo entender, nem compreendo, que o Arcebispo Georg Gänswein, que serviu os Papas Bento XVI e Francisco, não tenha sido feito Cardeal, e tenha sido dispensado depois (ou ainda antes, terei de aferir) das suas funções pelo Papa Francisco, após a morte do Papa Emérito Bento XVI. Um Conclave não é uma Assembleia, decalcada da mundanidade, para validar um Programa ou uma Ideia, um Conclave é um sacro Colégio. O Espírito Santo não atua num ambiente que O condicione, seja onde for, falo como Cristão e Católico, que desde muito menino a minha e nossa Mãe nos ensinou a Invocar, todos os dias, o Divino Espírito Santo. E o Papa Bento XVI muito doutrinou para nos abrirmos à Solicitude do Divino Espírito Santo. Mas sinto que foi eleito Papa quem Deus quis, Leão XIV.
Pedi a Deus que me desse a Graça de amar o Papa Francisco, o meu Coração esteve sempre como Bento XVI. Como Pessoa, Cristão e Católico chorei e fiz o luto da morte de S. João Paulo II e Bento XVI. Como Cardeal, Joseph Ratzinger foi Fidelíssimo ao Papa João Paulo II, mas a sua Fidelidade incondicional foi, antes, e sempre, a Jesus Cristo.
Desejo que o Papa Leão XIV chame à Colaboração Ganswein e o faça Cardeal, pressinto nele uma Fidelidade à prova de bala, – de que a Igreja Católica tanto precisa -, o que não vi em algum cardeal que mais falava no Papa Francisco do que em Jesus Cristo. A eleição do Papa não era a ratificação de um Programa, como, aliás, ficou provado, e o Tempo vai dar a ver. Nunca as vestes, os paramentos, foram tão simbólicos e trouxeram, também, uma forte mensagem. Razão para dizer: “O hábito faz o monge”. Só com João Paulo II a formulação “Eu” cruzou com o “Nós”, até no sentido da Fenomenologia, tão cultivada por Edith Stein, Santa Teresa Benedita da Cruz, beatificada e santificada por João Paulo II, uma Filosofia que mergulha as suas raízes em Platão e em Santo Agostinho, e no seu “Mestre Interior”.
É preciso estarmos vacinados para que o Vaticano não seja terreno fácil para populismos, que tanto foi denunciado. Se “somos todos normais”, então há que tirar as devidas consequências. Que todos nós, Batizados, em Cristo, tenhamos sempre uma atitude de abertura à Solicitude do Divino Espírito Santo, em diálogo com todos. “O Espírito sopra onde quer”.
Um modo apurado como avalio a profundidade de um Papa, tal como de qualquer Pessoa, é o seu Olhar, – O Olhar nos Olhos – tem luz ou não tem luz. Os olhos são centelhas da Alma. Ainda Cardeal, no Conclave, o Cardeal Robert Francis Prevost, o, Agora, Papa Leão XIV, irradiou uma Luz quase sobrenatural, foi um Olhar Tocante, uma Luz que só senti com S. João Paulo II e Bento XVI, uma Luz e um Olhar Místico, que melhor verei, aquando da Adoração do Santíssimo Sacramento, o Centro da Fé Cristã. Rezo a Deus para que o Santo Padre Leão XIV nos toque para o Alto, que levante a Igreja dos homens da sua alienação mundana e nos guie, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Universal, – para o Mundo Inteiro -, com e para o Seu Verdadeiro Pastor Universal, que é Jesus Cristo, e para Sua, e Nossa, Mãe, Maria Santíssima. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo e para Sempre a Sua Mãe, Maria Santíssima. “Vinde Espírito Santo, enchei os Corações dos vossos fiéis e acendei neles o Fogo do Amor, Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será Criado e Renovarei a Face da Terra”. O dia 09 de maio é – foi – Dia da Europa. Há 75 anos Robert-Schuman fez a sua célebre “Declaração”. Em 1964 o Papa Paulo VI Declarou S. Bento Padroeiro e Protetor da Europa e em abril de 2005, Joseph Ratzinger, eleito Papa, adotou, então, o Nome de Bento, Bento XVI, em Homenagem ao Papa Bento XV (Pontífice na Grande Guerra) e também em Homenagem a S. Bento. Por isso já escrevi, e reitero, O Papa Bento XVI foi um Santo e um Génio que só de Séculos em Séculos, Deus envia à Humanidade. Desejo que o Papa Leão XIV abra, a seu tempo, o processo de Beatificação e Canonização de Bento XVI, que tão profundamente estudou Santo Agostinho, em estudo e vivência, e muitos e muitos outros Mestres, nos seus inúmeros escritos, na sua Obra verdadeiramente Monumental. Bento XVI é O Papa dos Papas. João Paulo II, Bento XVI e Francisco muito fizeram pela Paz no Mundo. Mas o Mundo não ouve vozes afinadas e almas de Luz. Deram Exemplo de Grande Coragem e Determinação. Foram, e são, verdadeiramente, Homens de Deus, ao Serviço de Todos, em concreto, e da Humanidade.
Amen.
Ponta Delgada, 08 de maio de 2025,
Emanuel Oliveira Medeiros
Emanuel Oliveira Medeiros*
Professor Universitário
Universidade dos Açores
- Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação
Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas