Fall River recebe até 25 de Agosto mais uma edição das Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra.
O programa é variado, mas sempre assente na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que dá lugar ao religioso e popular mas com exemplos reais assentes na solene eucaristia na procissão de coroação, na recitação do terço, na bênção e distribuição de pensões e nas sopas do Espírito Santo.
Tudo isto se completa com um vistoso cortejo etnográfico do bodo de leite, que sai do parque das Portas da Cidade, sobe a Columbia Street, entra na South Main Street e conclui no Kennedy Park, com distribuição de massa e leite.
Temos a inauguração dos pavilhões de artesanato e actuação das folias do Espírito Santo, concertos de filarmónicas, festivais de música para as camadas mais jovens.
São na verdade umas festas únicas. E se assim o dizemos é assente em declarações de ilustres convidados que dizem e que se encontra registado no Portuguese Times: “No mundo português que já visitei nunca encontrei nada semelhante”.
Curiosamente, podemos acrescentar que pessoalmente já fizemos reportagem em locais tidos por grandiosos, e que, se bem que se assemelhem à grandiosidade das Grandes Festas em Fall River, não atraem multidões idênticas. Mas eles fazem o que podem. E nós fazemos o que sabemos e podemos. Sem concorrências fazemos o melhor que sabemos.
Mas escrevemos pelo que os convidados nos dizem, baseados nas visitas pelo mundo português. E aquilo que presenciamos pessoalmente.
Mas agora. Vamos todos a Fall River, para a 39.ª edição das Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra.
Vamos dar pessoalmente os parabéns aos coordenadores do cortejo etnográfico do bodo de leite, da missa e procissão de coroação, dos pavilhões da gastronomia, das malassadas, da coordenação do parque.
E para completar vamos dar os parabéns a Márcia Sousa por ter arriscado ter sido a primeira mulher a assumir a presidência das Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra.
O que o futuro nos trará é uma incógnita. Já que somos crentes não apaguem a luz do Espírito Santo que iluminou Heitor Sousa na fundação das Grandes Festas do Espírito Santo da Nova Inglaterra. Os desafios são grandes. Mas suscetíveis de resolução. Vamos a isso.
Cortejo etnográfico do bodo de leite das Grandes Festas, um quadro vivo de usos e costumes com 37 anos de existência
O cortejo etnográfico do bodo de leite das Grandes Festas, que consegue ligar o parque das Portas da Cidade ao Kennedy Park num autêntico cordão humano, terá a sua realização sábado, 23 de Agosto, com início pelas 9:30. Se bem que a sua organização seja no Ponta Delgada Blvd. (com concentração pelas 7:00 da manhã) o arranque oficial acontece quando se vira à esquerda para a histórica Columbia Street.
Tudo isto começa em 1989, na presidência de Clemente Arruda, quando Heitor Sousa, na qualidade de coordenador geral, convidou Clemente Anastácio, Victor Santos e Francisco Santos, para integrarem os corpos directivos das Grandes Festas. Heitor Sousa referiu na altura: “Precisamos de dar vida ao sábado das Grandes Festas. E os terceirenses são capazes de o fazer”.
E fizeram-no de tal maneira, que passados 36 anos o cortejo etnográfico continua a ter a sua realização e com êxito absoluto. A componente religiosa estava completa: Irmandades, bandas de música, missa solene na igreja de Santa Ana, convidados de honra a nível político e religioso. Faltava alvo colorido, mais popular, sem fugir aos valores religiosos. Para o sábado: propõe-se com aceitação imediata o cortejo etnográfico do bodo de leite”. Entretanto Victor Santos propõe-se desenhar um império em madeira, que seria montado no Kennedy Park. Os construtores do império foram Vasco Moreira e Durval Pereira, pertencentes à Banda Nossa Senhora da Luz.
Victor Santos desenha os arcos para o Kennedy Park, assim como a COROA, na presidência de Geraldo Cabral, carpinteiro de profissão. Este fez um molde em fibra de vidro.
No primeiro cortejo etnográfico do bodo de leite desfilaram 31 representações, um total de 4 bandas de música. Veio da ilha Terceira o coral sob o maestro Tibério Franco e o rancho folclórico “Os Bravos”.
O primeiro cortejo etnográfico do bodo de leite saiu do parque da igreja do Senhor Santo Cristo. Depois do fundo da Columbia Street e agora da Ponta Delgada Blvd, no parque das Portas da Cidade.
Augusto Pessoa, nos EUA
Exclusivo Portuguese Times/
Diário dos Açores