O Festival Violas do Atlântico, produzido pela Associação de Juventude Viola da Terra, chega à sua 15.ª edição com um concerto por Violas dos Açores com Bruno Bettencourt (Terceira), Orlando Martins (Pico) e Rafael Carvalho (São Miguel). O evento decorre a 29 de Agosto, pelas 21h00, no Centro Social e Paroquial da Ribeira Quente e é de entrada livre.
No concerto os 3 músicos apresentarão os instrumentos a solo, demonstrando a sonoridade das diferentes técnicas de execução: com indicador, rasgado ou com o polegar, promovendo depois algumas modas tocadas em conjunto no sentido de evidenciar a importante complementaridade musical de todas estas diversas formas de tanger a nossa Viola Açoriana.
O Violas do Atlântico trouxe aos Açores, desde 2011, a Viola de Arame Madeirense com Vítor Sardinha, a Viola Caipira do Brasil com Chico Lobo, a Viola Braguesa com José Barros, a Toeira com Amadeu Magalhães, a Campaniça com Pedro Mestre, a Beiroa e Amarantina com Ricardo Fonseca.
Houve ainda duas edições dedicadas às Violas dos Açores, com a Viola da Terra e toque rasgado da Ilha do Pico, com Orlando Martins, e a Viola de 15 Cordas da Ilha Terceira com Bruno Bettencourt. Vítor Sardinha trouxe numa das edições o Rajão e a Viola de Arame Madeirense, e Amadeu Magalhães trouxe o Cavaquinho juntamente com a Toeira.
Em 2023, Roberto Moritz veio da Madeira e trouxe o Braguinha, em mais uma conjugação de duetos inédita que o festival tem promovido, seguindo-se Tiago Lima com a Guitarra Portuguesa na edição de 2024. O Festival tem trazido à Ilha de São Miguel as Violas de Arame e os principais cordofones ligados à cultura popular do nosso País e até do Brasil.
Esta 15.ª edição é especial por trazer ao palco as Violas dos Açores: a Viola de 12 e a de 15 cordas, bem como as 3 técnicas de execução tradicionais predominantes no Arquipélago, pelas mãos destes três músicos que são dos seus maiores dinamizadores e representantes da nossa Viola, quer nas suas Ilhas de residência quer em actividades de colaboração musical dentro e fora dos Açores.
Para Rafael Carvalho, criador do evento e director artístico do mesmo até ao presente, este é um concerto “sempre especial uma vez que se trata acima de tudo de dialogar com o público e informar sobre as diferenças e especificidades das nossas Violas e ser mote de partilha e união entre tocadores. Refere ainda que, hoje muita gente sabe que há nas Ilhas 2 modelos de Violas, conhece-se a diferença de técnicas e conhece-se de algum modo a diversidade das Violas de Arame Portuguesas, sendo que todas já passaram pela Ribeira Quente. Antes do Violas do Atlântico, a generalidade das pessoas conhecia as Violas Braguesa, Campaniça, Caipira ou outras em ilustrações de livros ou em Museus”.
O Festival Violas do Atlântico é uma produção da Associação de Juventude Viola da Terra contando com apoio do Governo dos Açores e tendo como parceiros a Câmara Municipal da Povoação, Junta de Freguesia da Ribeira Quente e o Centro Social e Paroquial da Ribeira Quente.