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Contra mais betão no Monte Verde

Conforme foi noticiado, realizou-se há poucos dias um encontro público para debater a questão da poluição na praia do Monte Verde, no concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel. Participaram diversas entidades e especialistas. O comunicado final desse debate público promovido pela diligente organização SOS-Monte Verde deixou-me um pouco perplexo.
Os problemas da bela zona Monte Verde têm uma amplitude maior do que foi debatido no encontro referido, embora muito positivo e muito oportuno. A zona Monte Verde não é só frente de mar ou praia.
Efetivamente, regista-se na zona uma excessiva pressão urbanística, nomeadamente com a construção de várias unidades hoteleiras. Já são demais, com a autorização quer do Governo Regional dos Açores quer da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Ainda recentemente foi anunciada a edificação de mais um monstruoso hotel na zona Monte Verde. Mas sobre essa questão da excessiva pressão urbanística ninguém se pronunciou, a avaliar pelo comunicado e pelas respectivas conclusões. Estranho um pouco.
Como já referi, a zona Monte Verde não é só frente de mar ou praia. Há toda uma envolvência ambiental que deve ser protegida e preservada, urgentemente.
Avanços na modernização da rede de saneamento básico, alterações ao projeto da frente de mar para não afetar o areal e preservação do local de desaguo da levada são ações que merecem aplauso, com certeza. No entanto, repito, urge travar a implantação de mais betão na zona Monte Verde.
Não quero ser alarmista, mas receio que a zona Monte Verde esteja em sério risco, porque os poderes governamental e autárquico cedem facilmente aos interesses imobiliários e turísticos, permitindo a construção de mais hotéis e afins. Os habitantes e os amigos do concelho da Ribeira Grande devem opor-se ao avanço do betão, que parece imparável.

Tomás Quental Mota Vieira

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