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Ideias Há Muitas – Sun Tzu, as derrotas e os políticos

Na política, como na vida em geral, devemos estar preparados – sempre! – para aceitar uma derrota, dar um, dois, ou três passos atrás para podermos seguir em frente outra vez. Se isto é recado para alguém? Não. Se é vinculativo com algum pensamento político? Não. Se é por estarmos à beira de uma eleição municipal? Não. É somente um pensamento de anos.
Como se disse, a derrota faz parte das nossas vidas e nós não ganhamos cem batalhas seguidas, na exata proporção que não perdemos cem batalhas consecutivas. A ideia é de Sun Tzu, expressa num livro que não me canso de recomendar a familiares, amigos e conhecidos. E se saber perder exala a nossa melhor educação e virtude, saber ganhar pelo contrário exala a nossa ambição e vontade de concretização, de fazer melhor. Na política o que mais há é quem não saiba interpretar o significado da derrota. É preciso normalizá-lo.
Quando um político perde uma eleição em Portugal arruma as botas ou vai ser deputado. Isto é: sendo deputado, não vai saber digerir o significado da derrota. É o contrário: vai alimentar a sua fatia de frustração e desilusão com quem o traiu, com quem o não apoiou. Portanto, no manual prático dos políticos perdedores, há uma alínea que diz que em perdendo, faz a tua parte, seca as tuas lágrimas e dedica-te ao bem comum. Voltarás mais forte e mais seguro.
Uma carreira política não termina só porque se perdeu. É o contrário. Uma carreira política desperta algo de mais interessante porque se perdeu. Aprende-se com a derrota. Dedicamo-nos a outra atividade. Crescemos no silêncio. E regressa-se com mais responsabilidade, mais ambição, melhor foco e visão do que afinal queremos realizar pelo bem comum.
No dia 12, todo anunciarão que ganharam. Ninguém perdeu. É um mundo de soma zero. Um mundo aborrecido, cinzento, viciado, sem graça.

Luís Soares Almeida

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