Já são conhecidos os primeiros nomes do cartaz do Festival Tremor 2026, que se realizará em São Miguel de 24 a 28 de Março.
Para já, os principais destaques são o português Rodrigo Vaiapraia, o guitarrista espanhol Yerai Cortés, o egípcio Abdullah Miniawye Vaiapraia, a par de nomes como Jup do Bairro, La Família Gitana, Maria Carolina, Water Damage, MC Falcona e Mix’Elle.
Yerai Cortés transita o flamenco com rara profundidade, afirmando-se como uma das vozes mais singulares da música contemporânea. O seu álbum a solo La Guitarra Flamenca de Yerai Cortés (2024) e o filme homónimo de Antón Álvarez “C. Tangana” reflectem a fusão entre história familiar, memória partilhada e virtuosismo técnico, ampliando os horizontes do flamenco e do diálogo com outras formas artísticas.
Rodrigo Vaiapraia transforma cada concerto num universo multifacetado, onde garage, queercore, pop e pós-punk se cruzam com colaborações diversas e experiências colectivas. Entre dramaturgia, baixo acústico, teclados e elementos electrónicos, a sua música torna-se ritual, combinando voz cantada, gritada ou falada, humor, paixão e crítica social.
Abdullah Miniawy, compositor e cantor egípcio vencedor das Victoires du Jazz 2023, apresenta-se em formato trio com os trombonistas Robinson Khoury e Jules Boittin. Fundindo jazz, paisagens sonoras egípcias e ecos sufis, o projeto propõe experiências transcendentais, onde a força da voz e harmonias ricas inspiram reflexão, cura e unidade.
A multiartista paulistana Jup do Bairro provoca novas corporalidades a partir da fricção entre música, cinema e artes plásticas. Desde o EP Corpo Sem Juízo (2020) até in.corpo.ração (2024), Jup reinventa memórias e celebra as “tecnologias travestis” que sustentam a sua existência, oferecendo experiências artísticas intensas, políticas e transformadoras.
A diversidade desta edição do festival prolonga-se com La Família Gitana, que cruza flamenco, rumba e batidas contemporâneas de rap, reggae, funk, funaná e afro house, transformando diferença em potência criativa; Maria Carolina, cuja poesia musical e espiritualidade criam momentos de simbiose entre o ser e o estar; os mestres da música drone Water Damage; a música de pendor autoral e queer de MC Falcona e as propostas clubbing de Mix`Elle.
Os passes para a 13ª edição do Festival Tremor, que mais uma vez propõe encontros entre música, arte e comunidade, com concertos, experiências performativas e iniciativas que promovem participação, sustentabilidade e inovação cultural, já estão à venda.