Edit Template

A tanga do voto útil… noutro

No domingo há eleições para os órgãos do poder local em todo o território administrativo do Continente e Regiões Autónomas. Desta vez, a cada cidadão que opte por não se abster, as habituais mesas de voto disponibilizarão para a sua escolha não um voto apenas, mas antes três votos de cores diferentes, correspondentes a três diferentes órgãos do Poder Local Democrático, consoante a área de residência do eleitor: Um voto verde que contribuirá para a eleição de um Presidente ou de um dos Vereadores do Município (órgão executivo) do seu Concelho; um voto amarelo que contribuirá para a eleição de qualquer um dos vogais da Assembleia Municipal (órgão deliberativo), o qual só após o escrutínio deliberará entre si sobre a respetiva Presidência da Mesa e um voto branco para a eleição de qualquer um dos vogais da Assembleia da sua Freguesia, órgão em que o partido, coligação ou lista de cidadãos eleitores mais votado terá automaticamente direito a que o seu primeiro candidato venha a ser o(a) Presidente da Junta de Freguesia, mas que terá de deliberar entre si, após a sua eleição, quem será o(a) futuro(a) Secretário(a) e o(a) futuro(a) Tesoureiro(a) da Junta, constituindo-se os restantes eleitos como o órgão deliberativo da Freguesia, com poderes ainda para a eleição do respetivo(a) Presidente e Secretários(a) da Mesa.
Uma explicação pormenorizada visando permitir que o eleitor compreenda mais facilmente que em qualquer um dos seus três votos não está obrigado a escolher apenas entre o partido que pode ganhar e elege o presidente A ou o outro partido que pode ganhar e elege o presidente B, e que os seus três votos não têm que, obrigatoriamente, ser todos no mesmo partido, coligação ou grupo de cidadãos. Como se depreende dos pormenores fornecidos na explicação inicial, os eleitores não ficam obrigados a contrariar as suas preferências eleitorais caso lhes acenem, como bastantes vezes acontece, com a necessidade de votar “útil” noutra força política qualquer, que não seja a da sua preferência, para que outros não ganhem. Tal opção longe de ser útil para si e para a força política da sua preferência, é-lhes antes prejudicial, já que o seu voto “útil” naquele que lho veio pedir deixa de poder servir para eleger vereadores ou vogais pelas forças políticas com as quais simpatiza, tirando-lhes força e possibilidades de intervirem com as suas ideias e soluções próprias nas políticas autárquicas e sendo, portanto, um voto inútil e até mesmo prejudicial para a afirmação do pluralismo político e, em última análise, da própria Democracia, nunca se tratando, em qualquer circunstância, de um VOTO LIVRE!
Os meus três votos no próximo Domingo serão seguramente nas forças políticas, nos candidatos, nas ideias e nas propostas da minha simpatia e não em quaisquer outras. Esses sim serão os meus votos úteis.
Para a minha freguesia, Santa Clara, será necessário e útil o meu voto na lista de cidadãos eleitores, SANTA CLARA-VIDA NOVA, até porque é uma lista que concorre sozinha devido à confiança de que goza da parte de vários partidos ou da opção de não concorrer da parte dos potenciais concorrentes. Evitar a abstenção, apesar da tendência para ela ser maior quando se apresenta apenas uma lista a sufrágio, ajudará certamente a dar força às propostas e ações do Grupo Vida Nova, que apoio, já dadas a conhecer aos Santaclarenses.
Para o meu concelho, Ponta Delgada, com toda a confiança seja para a Câmara Municipal, encabeçada por Henrique Levy, seja para a Assembleia Municipal, encabeçada por Aníbal Pires, o meu voto é CDU, para cuja candidatura tive a honra de ser convidado como Mandatário.
Para os Açores e para o País, como cidadão empenhado em favor não de interesses ou ambições pessoais, mas dos interesses da coesão e do desenvolvimento das nossas comunidades, entendo que o voto na CDU significa sempre, por mais pequeno que ele seja, um passo em frente nesse sentido.

Mário Abrantes

Edit Template
Notícias Recentes
Hotelaria regional com taxa de ocupação a descer e preço por quarto a subir
Em Setembro foram descarregadas em lota 1.463 toneladas de pescado atingindo um valor de 4,45 milhões de euros
Iberia volta a voar para Ponta Delgada no Verão de 2026
Portos dos Açores com passivo de 272,8 milhões de euros no final de 2024
SATA Air Açores está a recrutar Técnicos de Manutenção de Aeronaves
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores