A Coalition Summit 2025 – Save the Waves, organizada pela ONG Save The Waves Coalition, realizou-se na Califórnia entre os dias 8 e 10 de outubro, reunindo representantes de todas as reservas de surf mundiais, cientistas, economistas, investigadores, dirigentes e ativistas ambientais. A Save Azores Waves esteve presente, através de André Avelar e Francisco Andrade, levando a voz dos Açores àquele palco global de defesa dos ecossistemas costeiros.
Durante a conferência, foi indicado que, apesar da sua natureza conservada, os Açores estão aquém, tanto das regiões mais desenvolvidas, como na Califórnia ou Reino Unido, assim como das menos desenvolvidas como o Peru, Chile ou Indonésia, no que diz respeito à proteção ativa das suas zonas costeiras, refere a Save Azores Waves, em comunicado.
Exemplo disso, refere a associação, são as obras previstas para as orlas costeiras das diferentes ilhas dos Açores, nomeadamente Praia do Monte Verde em São Miguel, Praia Formosa em Santa Maria, Praia do Almoxarife e Praia do Porto Pim no Faial, ou o prolongamento do Cais do Porto da Praia da Vitoria, “que colocam em causa a biodiversidade, a descaracterização da beleza das ilhas, bem como, as zonas de banho e lazer que os açorianos e quem nos vista gosta de usufruir”.
“Criar uma reserva de surf é mais do que proteger ondas. É garantir a saúde de todo um ecossistema costeiro e das comunidades que dele dependem,” afirmou NikStrong-Cvetich, Diretor Executivo da Save the Waves Coalition.
Para a Save Azores waves, “sem ações concretas de proteção, essa beleza pode desaparecer. A presença neste evento é um sinal de esperança, bem como, da importância que os Açores podem terno panorama mundial, na conservação dos oceanos e da economia azul como é o caso do programa BlueAzores.
A Save Azores Waves preconiza que a criação de reservas regionais de surf nos Açores “pode ser uma ferramenta legislativa e uma plataforma de entendimento e compromisso de todas as atividades ligadas ao uso do mar com a sustentabilidade de todo o ecossistema costeiro, incluindo a bacia hidrográfica adjacente e os habitats naturais que dela dependem. Além disso, tem o poder de potenciar a economia local através do turismo de surf, da investigação científica, da pesca sustentável e da educação ambiental”.